quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mantega espera déficit externo de US$ 33 bi em 2009

O déficit em transações correntes do Brasil deve acelerar para US$ 32,7 bilhões em 2009 após fechar 2008 em US$ 24,9 bilhões, previu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em apresentação feita na quarta-feira (dia 13).

Segundo projeção do ministro, o déficit no próximo ano superará os investimentos estrangeiros diretos de US$ 30 bilhões, o que pode significar que o país precise de investimentos de curto prazo para financiar suas contas externas no período.

Para 2010, Mantega estimou que o déficit em transações correntes recuará ligeiramente, para US$ 31,8 bilhões, mas ainda assim ficará acima dos US$ 28 bilhões estimados para os investimentos estrangeiros no ano.

Mantega apresentou suas projeções em apresentação à Confederação Nacional da Indústria (CNI), posteriormente divulgada pelo ministério.

No documento, Mantega afirma que a redução do saldo em conta corrente é um reflexo da aceleração do crescimento do país, da desaceleração do crescimento mundial, da crise de crédito imobiliário e da valorização do real frente ao dólar.

O crescimento doméstico aumenta a demanda por importações e o desaquecimento do resto do mundo tem impacto sobre os preços das commodities exportadas pelo Brasil.

De janeiro a junho, o país acumulou um déficit recorde de US$ 17,4 bilhões. Será a primeira vez em cinco anos que o país fechará o ano com déficit externo.

Fonte: Reuters

Entenda o que é déficit

Déficit ou Défice é um termo contabilístico de origem latina, que se caracteriza por um saldo negativo resultante de, em um orçamento, ter mais gastos, ou despesas do que ganhos, ou receitas. Tal orçamento é chamado de deficitário. Corresponde ao prejuízo em balanços de empresas não econômicas ou "sem fins lucrativos".

Déficit em conta corrente, numa balança comercial, de transferências ou balança de serviços, é o resultado negativo observado no indicador chamado de déficit em transações correntes, especificamente, significa o dinheiro remetido ao exterior por residentes ou empresas de outros países cuja remessa de capital supera ao investimento, causando um desequilíbrio orçamentário e fiscal.

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