quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comunidades carentes utilizam moedas sociais no comércio

Que tal em vez de receber cinco reais, receber cinco palmas? Dependendo do lugar em que você estiver é mais vantajoso receber palmas. Isso porque ela pode valer mais que a moeda nacional brasileira. No caso, palmas é a moeda emitida pelo banco social Palmeira em Fortaleza (CE).

Palmas, terra, eco-Luzia e prata. Pouca gente conhece, mas esses nomes são exemplos de moedas que, paralelamente ao real, estão em circulação no Brasil. Elas ajudam a incentivar a economia de comunidades carentes, que não conseguem gerar riquezas em reais de maneira suficiente para melhorar a condição de vida de seus moradores.

De acordo com a coordenadora geral do Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria Geraldo Banco Central do Brasil, Marusa Vasconcelos, "as moedas sociais são consideradas moedas complementares. Não afetam o poder dos bancos centrais de controlar a quantidade de moeda e de crédito e nem ameaçam o papel dos bancos centrais em relação aos sistemas de pagamentos nacionais e internacionais".

Com a criação de uma moeda própria, aceita apenas naquela comunidade, parte significativa da riqueza proveniente do trabalho fica na própria região. Na maioria das vezes, as lojas que vendem nas moedas locais oferecem desconto mediante este tipo pagamento, o que eleva o poder de compra do trabalhador em relação aos gastos em reais.

O funcionamento é simples: no banco social, o consumidor troca reais pela moeda social em circulação no seu bairro ou cidade. No comércio local, ele ganha desconto ao pagar com esse dinheiro. Já o comércio, se houver necessidade de efetuar compras fora da comunidade, pode desfazer a troca.

Esses sistemas financeiros "paralelos" envolvem parte da lógica do sistema oficial do País. Ou seja, têm o equivalente a bancos, os chamados bancos comunitários, e as cooperativas. As cédulas locais têm regras para circular, como delimitação do território, para deixar claro que só naquela comunidade elas têm valor. Esses bancos, legalmente Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), são vitais para as moedas sociais, pois são responsáveis pelo lastro e pela troca por reais, além de permitir empréstimos e cartão de crédito.

Circulação

Segundo Marusa Vasconcelos, ao todo no País existem 35 bancos comunitários, espalhados em 27 municípios, sendo 17 ativos e 18 a serem inaugurados. Nos municípios menores, a moeda circula por toda a cidade, como é o caso do acaraú em Tamboril (PI) e do paz, que circula em Paramoti (CE).

O exemplo mais avançado dessa experiência é a comunidade de Palmeira, nascida na década de 1970 na periferia de Fortaleza (CE), onde a moeda palmas circula há menos de sete anos. Com a moeda alternativa, os moradores conseguem comprar produtos feitos por seus companheiros, como artesanato e comida, além de outras mercadorias. Um levantamento feito pelo Instituto Banco Palmas mostra que os moradores da comunidade Palmeiras consomem mais de R$ 5 milhões ao ano.

Não existe ainda uma regulamentação no Banco Central sobre a emissão dessas moedas. É possível que essa regulamentação deva ficar pronta em outubro durante um encontro de microfinanças do órgão. A recomendação, no entanto, é que a aparência das notas seja bem distinta do real.

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Repórter, enviada especial Regina Xeyla
01/10/2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Governança é a chave do sucesso para as cooperativas de crédito

Expor para o mercado financeiro todas as suas formas de gestão. É dessa forma que as cooperativas devem se comportar diante dos bancos e de seu público-alvo. Isso é o que indica o primeiro estudo do Banco Central voltado para as cooperativas de crédito divulgado na tarde desta segunda-feira (29) no VII Seminário Banco Central sobre Microfinanças, que acontece até o dia 1º de outubro em Belo Horizonte (MG).

O objetivo da pesquisa, segundo o chefe-adjunto do Departamento de Orgaização do Banco Central, Marden Marques, é "analisar a dinâmica de funcionamento do conselho de administração das cooperativas de crédito no Brasil e defender o agumento de que, para uma boa governança, as atividades de execução devem ser exercidas por diretoria estatutária e diretoria executiva".

O público-alvo do projeto são as cooperativas de crédito singulares, centrais de cooperativas de crédito, confederações de cooperativas de crédito, bancos cooperativos, outras organizações ligadas ao cooperativismo e o Banco Central do Brasil.

"A pesquisa propõe práticas de governança para as cooperativas de crédito, visando reduzir riscos de diversas naturezas e dar transparência para o mercado sobre o que são essas cooperativas", afirma o analista da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional Robson Vítor.

De acordo com o Banco Central, estudos recentes revelam que a principal causa de falência das cooperativas de crédito decorre de conflitos gerados na separação entre as funções de dirigentes e proprietários. Do ponto de vista dos associados entrevistados, as questões de governança visam promover condições que facilitem a tomada de decisão coletiva, reduzindo seus custos e potenciais de conflito.

Análise Como uma das etapas de formulação do estudo, foi aplicada uma pesquisa amostral junto a 14 associados aleatoriamente sorteados de cada uma das 30 cooperativas existentes no País, totalizando uma amostra de 420 associados. Um dos objetivos desse questionário foi identificar as perspectivas dos associados com a dos dirigentes quanto às questões de governança da cooperativa.

Sobre o atendimento aos interesses e necessidades de serviços financeiros, 76,8% dos associados consideram que a cooperativa sempre atende a esses quesitos. Para 36,4%, o principal motivo que os levou a se associar e a se manter associados são os benefícios econômicos e as vantagens que as cooperativas oferecem. Para 14,3%, o atendimento e as facilidades oferecidas para o usuário são os principais motivos para estar associado. Leia mais na ASN.

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Repórter, enviada especial Regina Xeyla
29/09/2008

Comércio com Argentina terá sistema de pagamento em moedas locais

O Sistema de Pagamentos em Moedas Locais (SML), que entra em vigor na próxima sexta-feira (3), foi apresentado em detalhes por representantes dos bancos centrais do Brasil e da Argentina aos participantes do Encontro Oportunidades de Negócios Internacionais - Microtransferências e Uso de Moedas Locais. O Encontro faz parte da programação paralela ao VII Seminário Banco Central de Microfinanças, que se realiza a partir desta segunda-feira (29) até quarta-feira (1º) no Ouro Minas Palace Hotel em Belo Horizonte (MG).

Os últimos ajustes do Sistema, que poderá ser gradualmente estendido a outros países integrantes do Mercosul, foram acertados durante o encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner no último dia 8 em Brasília.

O Sistema elimina o dólar das transações comerciais entre Brasil e Argentina. Por meio dele, as empresas poderão fazer compras e vendas em reais e pesos, o que lhes permitirá redução dos custos de transações, principalmente para as pequenas e médias. Além disso, aproximará os sistemas dos bancos centrais, estimulará a consolidação de mercados cambiais em moeda nacional. Trata-se, portanto, de um importante passo no processo de integração regional.

Para o gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae, Alexandre Guerra, a entrada em vigor do SML é uma inovação que deve ser celebrada, no momento em que Sebrae e parceiros apostam na internacionalização das micro e pequenas empresas como fator de competividade externa e interna.

O Sistema, explicou, elimina a necessidade do 'hedge' (cobertura do risco cambial), mecanismo ao qual o segmento não tinha acesso. Outra inovação: podem trabalhar com o sistema inclusive instituições financeiras que não operam com câmbio. Isso fará com que micro e pequenas empresas também ganhem em termos de maior capilaridade do atendimento e o conseqüente aumento da competitividade entre os agentes financeiros.

O evento faz parte da programação paralela do VII Seminário Banco Central de Micro Finanças, cuja abertura oficial se dará às 19 horas desta segunda-feira (29), com as presenças do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves. O evento prossegue até quarta-feira (1º de outubro). Leia mais na ASN.

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Repórter, enviada especial Clara Favilla
29/09/2008

Meirelles: Brasil não está imune à crise, mas tem resistência

"O governo brasileiro já tomou e continuará tomando as medidas necessárias que minimizem os efeitos da crise dos mercados financeiros globais sobre a economia do País", afirmou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao abrir o VII Seminário Banco Central sobre Microfinanças em Belo Horizonte nesta segunda (29).

Meirelles aproveitou a abertura do evento, que conta com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros, para dar um recado sobre a crise que se agravou nesta segunda-feira, depois que o Congresso dos Estados Unidos não aprovou o pacote de US$ 700 bilhões do governo Bush para socorrer instituições financeiras em dificuldades, acertado previamente com a oposição e os presidenciáveis dos partidos Democrata e Republicano.

"O dia de hoje foi marcado pela volatilidade dos mercados globais em função da crise financeira americana com repercussões também na Europa. O dado novo é que, pela primeira vez, a crise não é no Brasil e nem em qualquer outro mercado emergente", disse Meirelles a um plenário atento a cada uma de suas palavras.

Todos já esperavam que se pronunciasse sobre a crise que impactou fortemente o desempenho da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa), nesta segunda-feira (29), forçando-a a interromper as atividades.

O pronunciamento foi acompanhado por repórteres dos principais veículos de comunicação de abrangência regional e nacional. Segundo Meirelles, o que vem acontecendo lá fora, que começou com a quebra de grandes e tradicionais bancos de investimentos americanos, ainda não mostra impacto severo no Brasil, mas não se pode ignorar a crise.

"Estamos acompanhando passo a passo a crise, inclusive em contato direto com autoridades de todo o mundo", afirmou. Ele enfatizou também que, nos últimos anos, o Brasil tomou as medidas fortes que o está ajudando a enfrentar as atuais turbulências. Entre elas o câmbio flutuante e o sistema de metas de inflação, além do fortalecimento de suas reservas internacionais, hoje em 207 bilhões, três vezes o montante da dívida externa.

"Somos credores externos líquidos. Além disso, a performance da dívida pública melhorou muito. Inclusive, se o dólar se valoriza, a dívida se reduz, o que não acontecia no passado. Não estamos imunes à crise, mas temos resistências e disposição para tomar medidas como a recente flexibilização nos depósitos compulsórios junto ao Banco Central, feitos pelas instituições financeiras sobre os depósitos captados à vista".

Publicada na Agência Sebrae de Notícias (ASN) -www.agenciasebrae.com.br
Repórter, enviada especial Clara Favilla
29/09/2008

Crescem operações de crédito nas cooperativas brasileiras

Alessandro Carvalho Seminário Banco Central sobre Microfinanças vai até 1º de outubro em Belo Horizonte Estudo do Banco Central sobre Governança Cooperativa revela números atuais sobre o cooperativismo de crédito no Brasil. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira (29) em Belo Horizonte durante o VII Seminário Banco Central sobre Microfinanças, evento que acontece até o dia 1º de outubro na capital mineira.

O sistema cooperativista de crédito brasileiro, entre 1997 e 2007, teve pouco crescimento em termos de quantidade de cooperativas, passando de 1.120 para 1.423 cooperativas. Por outro lado, sua participação nos principais agregados do sistema financeiro teve aumento expressivo, de 1,4% do patrimônio líquido para 2,2%. Outros indicadores mostram aumento relativo: operações de crédito aumentaram de 0,7% para 2,3%; depósitos e ativos totais, de 0,3% para 1,5%. Em relação ao número de associados atendidos pelas cooperativas de crédito, estes passaram de 1,4 milhões em 2001 para 2,8 milhões em 2006, atingindo um total de 3,5 milhões em 2007.

Para manter o espaço conquistado ou ampliar sua fatia no mercado financeiro, o segmento de crédito cooperativo tem como desafio melhorar suas práticas de governança, especialmente adotando instrumentos de fiscalização e controle mais eficientes. Segundo o Banco Central, o cooperativismo tem o desafio de enfrentar um novo ambiente macroeconômico - redução de taxas básicas de juros, redução no spread (diferença das taxas praticadas pelos bancos na captação e aplicação de recursos), aumento da concorrência do crédito de varejo, seu principal nicho de mercado.

Ainda de acordo com a instituição financeira, apesar dos desafios, o ambiente institucional é favorável ao crescimento. Além da Lei 5.764/1971, que já institui importantes instrumentos de fiscalização e controle, tanto internos quanto externos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central, atentos ao crescimento e às necessidades do segmento, promoveram, no limite de suas competências, mudanças institucionais significativas tanto na regulação quanto na supervisão do sistema cooperativista de crédito.

Nesse sentido, para melhorar a supervisão das cooperativas de crédito, foi criada área específica para a supervisão dessas cooperativas e o segmento não-bancário no Banco Central, com o intuito de ter um departamento mais voltado para as peculiaridades desses segmetos.

Em relação à regulação, a Resolução 3.442/2007 do CMN contém dispositivos que exigem adoção de instrumentos de fiscalização e controle mais rigorosos e incentivos para as cooperativas se integrarem em sistemas de rede.

Cooperativas brasileiras

Hoje, o universo das cooperativas de crédito no Brasil possui três níveis de atuação: as cooperativas singulares (primeiro nível), que prestam serviços diretamente aos seus associados; as cooperativas centrais e federações de cooperativas (segundo nível), onde são prestados serviços de integração de atividades e utilização recíproca de serviços às cooperativas singulares associadas; e as confederações de cooperativas (terceiro nível), que orientam e coordenam as atividades das cooperativas centrais e federações de cooperativas.

Em dezembro de 2007, essa estrutura era formada por 1.427 cooperativas singulares, 37 cooperativas centrais, quatro confederações e dois bancos cooperativos. As cooperativas de crédito podem ser classificadas por modalidade, de acordo com o objeto ou natureza das atividades desenvolvidas ou pela condição de vínculo de seus associados, podendo ser: cooperativas de empregados públicos ou privados, de profissionais, de crédito rural, de microempresários, de empresários e de livre admissão.

As cooperativas de crédito também podem ser agrupadas de acordo com o vínculo a sistemas cooperativos ao qual pertencem e que compartilham normas internas, sistemas, procedimentos, tecnologias, produtos, serviços. Os sistemas de cooperativas existentes no Brasil são: Sicoob, Sicredi, Unicred, Ancosol, CentralCred, Cecred, Cecrers, Federalcred e Ceeoopes, que agregavam 79% das cooperativas de crédito brasileiras em dezembro de 2007. As cooperativas não vinculadas a sistemas, classificadas como independentes, representam 21% do total.

Publicado pela Agência Sebrae de Notícias (ASN) - http://www.agenciasebrae.com.br/
Repórter, enviada especial Regina Xeyla
29/09/2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Banco Central aprova novas cooperativas de crédito rural

A constituição das Cooperativas de Crédito Rural de Economia Solidária de Benjamin Constant (Solicred Benjamin Constant) e de Tabatinga (Solicred Tabatinga), localizadas na região do Alto Solimões no Amazonas, já contam com o parecer favorável do Banco Central (BC).

Essas aprovações eram aguardadas pelo Sebrae local e pelos produtores rurais desde novembro de 2007, quando o pedido foi protocolado no BC. Essas duas são as primeiras cooperativas de crédito rural e solidário a abrir as portas no Amazonas.

"Os avais representam a realização de um sonho, de um trabalho iniciado há um ano e que vem sendo alcançado por etapas. Primeiro construímos os projetos, depois protocolamos os documentos no Banco Central e agora conseguimos a aprovação do Banco Central para funcionar", explica a gestora do projeto no Sebrae/AM, Sâmia Nunes Cardoso.

Com a resposta favorável da autoridade monetária, o próximo passo a ser dado é trabalhar os atos constitutivos de formação da cooperativa, tais como realizar assembléia de constituição, aprovar estatuto e os conselhos administrativo e financeiro. Os trâmites legais se encerram com a homologação desses resultados no Banco Central e com o registro da cooperativa na Junta Comercial local.

De acordo com Sâmia, o Banco Central concede um prazo de 90 dias para a realização dessas últimas etapas. "Nos dias 11 e 12 de outubro, acontecem as assembléias de constituição das duas cooperativas. A idéia é que as portas da Solicred Benjamin Constant e Solicred Tabatinga abram em janeiro de 2009", informou.

O público-alvo das duas cooperativas são pessoas que desenvolvam, de forma efetiva e predominante, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas dentro da área de atuação dos municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga. Leia mais na Agência Sebrae de Notícias (ASN) - http://www.agenciasebrae.com.br/

Matéria publicada na ASN
25/09/08
Repórter Regina Xeyla


Seminário avalia rumos do sistema de microfinanças no Brasil

Operadores e tomadores de crédito discutindo juntos problemas e soluções. Esse é o propósito do VII Seminário Banco Central sobre Microfinanças, que acontece de 29 de setembro a 1º de outubro no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte (MG). Serão três dias de palestras e debates com importantes nomes e autoridades no tema. Para a solenidade de abertura, está prevista a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento é uma promoção do Sebrae em parceria com o Banco Central.

Também devem comparecer à abertura do evento o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; os ministros do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Agrário, Carlos Lupi e Guilherme Cassel; o governador de Minas Gerais, Aécio Neves; o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel; o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho; o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos; e o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Antonio Tombini.

O seminário tem como objetivo divulgar, por intermédio da troca de experiências e de discussões, o resultado das ações já empreendidas, além de demonstrar a viabilidade das microfinanças como investimento e apresentar a potencial contribuição dessa atividade para inclusão social. O sistema de microfinanças age para facilitar o acesso dos micro e pequenos negócios a serviços financeiros como empréstimos, poupanças, seguros, entre outros.

Desde 1998, o Sebrae tem buscado contribuir para a construção de um amplo e sólido segmento de microfinanças, auto-sustentável e integrado ao Sistema Financeiro Nacional. Em 2004, esse trabalho teve reforço a partir de convênio de Cooperação Geral firmado com o Banco Central. "As microfinanças são o sistema alternativo de crédito para as camadas empresariais mais baixas", explica o analista da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae, João Silvério Junior.

De acordo com o analista, com a realização desse seminário, o Sebrae espera sensibilizar o Sistema Financeiro Nacional sobre o tema, chamar a atenção dos formadores de opinião, influenciar positivamente o aumento de instituições de microfinanças, além de dar um maior apelo à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

Para o chefe-adjunto do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Marden Marques Soares, "o seminário vai possibilitar que operadores e tomadores de crédito possam conjuntamente discutir problemas e encontrar soluções. Muitas entidades que hoje estão funcionando surgiram a partir desse encontro." Ainda segundo ele, o tema microfinanças tem sido uma das prioridades do Banco Central. Leia mais na Agência Sebrae de Notícias (ASN) - http://www.agenciasebrae.com.br/

Matéria publicada na ASN
25/09/08
Repórter Regina Xeyla

Crise mundial pode beneficiar Brasil , diz "Financial Times"

Duas reportagens do jornal "Financial Times" sugerem nesta quinta-feira que a crise econômica mundial pode, paradoxalmente, terminar sendo benéfica para o Brasil.

Os artigos, assinados pelo correspondente do jornal em São Paulo, afirmam que a crise pode funcionar como um controle para o crescimento econômico cujo vigor vinha criando pressões inflacionárias.Diferentemente de outras épocas, o país está mais preparado para enfrentar as turbulências, dizem as reportagens, que no entanto alertam para os fatores - domésticos - com potencial de criar problemas no futuro.

"Desta vez é diferente. Pelo menos até agora", diz a reportagem "Brasil espera um resfriado leve, mas nada sério", publicada na versão impressa do diário financeiro britânico. O título faz referência ao tradicional dito segundo o qual "quando os mercados financeiros americanos espirram, a América Latina pega uma gripe".

A matéria diz que, embora não tenha conseguido se descolar do resto do mundo, o Brasil, que está otimista em que seu nível de reservas - em torno de US$ 200 bilhões - seja capaz de conter uma turbulenta saída de capitais como a que se seguiu à crise asiática em 1997 e a crise da Rússia em 1998.

"Mais que isso, a crise de crédito pode ter vindo em boa hora, num momento em que a atividade econômica apresenta indicadores que apontam para uma curva de superaquecimento. Assim, a crise, potencialmente, pode ajudar o país a desaquecer sua economia sem derrubar o crescimento abaixo do potencial do país", escreve o FT.

Economistas ouvidos pelo jornal crêem que o aumento do PIB passe de 5,4% este ano para 3,5% no ano que vem - bem melhor que o 1% estimado para o resto do mundo, mas capaz de trazer a inflação, que já superou os 6% ao ano, para o centro da meta de 4,5%.

Com isso, o Banco Central (BC) também poderia rever a quantidade de vezes em que deve aplicar um aumento de juros, diz o jornal.Mas o FT também faz um alerta para o futuro, afirmando que "preocupações antigas permanecem e podem interferir no (curso da economia do) Brasil". A principal delas é o gasto do governo, capaz de gerar demanda e assim criar novas pressões inflacionárias.

Com o governo usando os gastos como motor do crescimento, "o papel da política fiscal, que continua sendo altamente expansionista, tem sido ignorado", diz o diário britânico, na reportagem "Confiança do Brasil acumula problemas para o futuro", publicada em sua versão online.

Um economista citado na matéria afirma que, mesmo com o BC aplicando arrochos monetários para frear o aumento dos preços, "no final, as expectativas de inflação a longo prazo são determinadas pela política fiscal, não pela política monetária".

Fonte: BBC Brasil.com

Desemprego no Brasil atinge 2ª menor taxa da história em agosto

A taxa de desemprego no país caiu mais que o esperado em agosto, atingindo o segundo menor patamar da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo.

A taxa de desocupação no país atingiu 7,6% no mês passado, ante 8,1% em julho.
Analistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 8% para agosto.

Fonte: Reuters

Bush diz que EUA enfrentam séria crise financeira

WASHINGTON, 24 Set 2008 (AFP) - O presidente americano, George W. Bush, disse nesta quarta-feira, em um discurso à Nação, que a atual crise financeira ameaça "toda a economia" dos Estados Unidos, e pediu o apoio dos democratas para obter uma solução bipartidária.

"Estamos em meio a uma séria crise financeira. Toda a nossa economia está em perigo", disse Bush ao país, lembrando que a atual crise teve origem há uma década, porque os Estados Unidos são seguros e "muito dinheiro entrou no país (...) permitindo que muitos na América tomassem empréstimos".

Segundo o presidente, "o crédito fácil" levou a muitas decisões equivocadas dos tomadores em empréstimos e muitos não conseguiram pagar suas dívidas. Bush citou especificamente o caso das hipotecas, onde "muitos americanos, decididos a comprar suas casas, fizeram empréstimos", e lembrou que vários tomaram créditos para adquirir casas e vendê-las com lucro, mas quando os preços caíram, ninguém mais pagou as hipotecas, o que atingiu as gigantes do setor Fannie Mae e Freddie Mac.

O presidente destacou que a crise nas hipotecas provocou um efeito dominó e afetou o restante do mercado, com a situação ficando mais grave a cada dia, o que passou a exigir uma intervenção dramática.

Segundo Bush, sua disposição era deixar que os grandes que apostaram quebrassem, mas a situação envolve uma "crise de confiança" que pode afetar toda a economia, com o estrangulamento do crédito, a perda de empregos e o fechamento de muitas pequenas empresas nos Estados Unidos.

O presidente confirmou seu convite ao candidato democrata, Barack Obama, e ao republicano, John McCain, à Casa Branca, para analisar nesta quinta-feira uma "proposta bipartidária" de socorro ao setor financeiro.

Obama e McCain já confirmaram presença no encontro, que terá ainda os líderes dos dois partidos.

Fonte: AFP

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,834 - 1,836 - 0,81%
Dólar paralelo (em R$)
1,850 - 2,000 - 0,00%
Dólar turismo (em R$)
1,810 - 1,970 - 0,00%
Euro (em US$)
1,470 - 1,471 - 0,65%

Veja as manchetes dos principais jornais nesta quinta

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
BC libera dinheiro para compensar crise no exterior
O Estado de S.Paulo
BC põe R$ 13 bi no mercado e reduz pressão sobre bancos
Jornal do Brasil
Vitória da Democracia
O Globo
BC deixa mais dinheiro com bancos para não faltar crédito
Gazeta Mercantil
Toda economia está em perigo, adverte Bush
Valor Econômico
BC combate concentração de recursos nos grandes bancos
Correio Braziliense
Reação ao intolerável
Estado de Minas
Mineira vive mais, estuda mais e não quer se casar
Jornal do Commercio
Tempo quente no guia eleitoral
Diário do Nordeste
Guerra imposta pelo tráfico
Zero Hora
Expectativa de vida dos gaúchos sobe para 75 anos

Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Presidente lança alerta aos americanos
The Washington Post (EUA)
Bush diz que projeto é vital para a economia e chama McCain e Obama para reunião
The Times (Reino Unido)
Temor afeta os bancos
The Guardian (Reino Unido)
Fim da coroa anglicana - barreira de 300 pode ser suspensa
Le Figaro (França)
McCain suspende sua campanha
Le Monde (França)
Na ONU, o golpe de fúria contra Wall Street
China Daily (China)
Shenzhou 7 será lançado hoje
El País (Espanha)
McCain justifica a crise para suspender a campanha
Clarín (Argentina)
Professores de Buenos Aires param hoje e amanhã

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Governo brasileiro mantém otimismo apesar da crise nos EUA

O Governo brasileiro confirmou hoje seu otimismo em relação ao futuro da economia nacional e ressaltou que o país não será afetado pela crise financeira nos Estados Unidos nem pela quebra de grandes bancos americanos.

"O Governo está apostando em uma continuação do ciclo do crescimento, apesar dos pesares" e da crise financeira internacional, ressaltou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em uma conferência hoje em São Paulo.Mantega admitiu que a crise financeira que derrubou gigantes bancários de escala mundial como o Lehman Brothers, que hoje admitiu estar quebrado, é "forte e uma das maiores do mundo capitalista nas últimas décadas".

Porém, segundo o ministro, "o problema é lá" e não aqui e, pela primeira vez desde 1929, uma crise não afetará o Brasil."O Brasil já estaria de joelhos em outras circunstâncias e com todos seus indicadores recuados. Mas, há certa segurança e acho que o ciclo de crescimento vai continuar", acrescentou.

Ele ainda ressaltou que o país conta com reservas internacionais de cerca de US$ 200 bilhões e os especialistas consideram o Brasil uma potência econômica."Uma das coisas que verificamos é que o Brasil é mais sólido e robusto, e estamos discutindo se o crescimento (do Produto Interno Bruto deste ano) vai ser de 5% ou de 5,5%", disse Mantega.

O ministro enalteceu "os fundamentos fiscais e monetários" do país ao afirmar que a inflação deverá terminar 2008 dentro da meta de 4,5% anual, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, até um máximo de 6,5%."O máximo que pode acontecer é a diminuição do financiamento externo e a menor arrecadação por exportações", sustentou em seu discurso durante um fórum organizado pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.

Mas, apesar do otimismo, os mercados financeiros do país sofreram os efeitos da crise, com uma forte baixa da Bolsa de Valores de São Paulo, que perdeu mais de 21% de sua capitalização neste ano e hoje caía mais de 4%.

A bolsa, assim como a economia do Brasil, depende de empresas com interesses em produtos básicos e matérias-primas e, em meio à crise e do medo de uma recessão global, os preços destes bens caem rapidamente nos mercados mundiais, arrastando as cotações das empresas do setor.

Mantega atribuiu este movimento a um "nervosismo natural" do mercado e disse esperar que essa conjuntura passe em breve."Se há um lugar onde as empresas ainda podem ganhar dinheiro, é no Brasil", declarou.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em seu programa semanal de rádio que está convencido de que o Brasil não vai parar de crescer, pois já encontrou "seu próprio destino", sustentado por sua demanda interna."Dentro desse crescimento, cresce também o poder aquisitivo do povo brasileiro, a massa salarial" e os bancos têm mais dinheiro para emprestar e as pessoas estão contratando mais créditos, comentou Lula.

Fonte: UOL

Pequeno varejo tem alta de 13,2% em julho, aponta Fecomercio

As vendas no pequeno varejo tiveram alta de 13,2%, em julho na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). No acumulado do ano, a alta foi de 9,1%.

O segmento de Lojas de Material de Construção apresentou o maior crescimento de faturamento no mês de julho, 36,2%, em relação ao mesmo período de 2007. No ano, o desempenho fechou com alta de 32%. De acordo com a Fecomercio, o comportamento ainda é reflexo do aquecimento do setor de construção, além da expansão de crédito.

O segundo melhor resultado da pesquisa ficou com Farmácias e Perfumarias. Apesar de surpreenderem em julho, com alta de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2007, no acumulado do ano se mantém menos expressivo, com crescimento de apenas 1,3%.

O setor de Lojas de Móveis e Decorações alcançou alta de 11,1% na comparação com julho de 2007, e chegaram a 8,3% de elevação em 2008. Para a Fecomercio, as as vendas do setor devem acelerar no médio prazo, devido à expansão do mercado imobiliário.

Já as lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados que tiveram um bom crescimento, apontando alta de 8,7% no contraponto ao mesmo período de 2007 e acumulado de 9,3% no ano. O resultado é reflexo de características desse setor, que é pouco concentrado e vende bens de valor unitário relativamente baixo e de reposição obrigatória.

O segmento de Alimentos e Bebidas mostrou uma alta de 6,6% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2007, mas no acumulado do ano apresenta estabilidade (0%). "É um quadro crítico, afinal as pequenas mercearias e supermercados não conseguem mostrar uma recuperação verdadeira, A tendência é que a realidade não se altere nos próximos meses", informa a Fecomercio.

As Lojas de Eletroeletrônicos apresentaram alta de 5,1% no faturamento, mediante ao mesmo período de 2007. No ano, os resultados são mais modestos (0,6%).

O pior desempenho continua a ser o das Lojas de Autopeças e Acessórios, que apresentaram baixa de 13% no contraponto a julho do ano anterior. Em 2008, o setor acumula queda de 18,5%. Entre os motivos estão a concorrência das grandes redes, a venda de veículos novos --que reduz a necessidade de manutenção--, o aumento da participação de mercado por parte das concessionárias e a entrada de peças chinesas.

Entenda a diferença da lei nos EUA e Brasil sobre pedidos de falência

A situação criada pelo pedido feito hoje pelo banco de investimentos Lehman Brothers à Corte de Falências dos EUA, de proteção sob o capítulo 11 da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas, cria uma problema de nomenclatura no Brasil.

A página na internet da Corte de Falências dos EUA, do distrito sul de Nova York, informa: "Lehman Brothers Holdings Inc. filed for bankruptcy pursuant to chapter 11". O termo "bankruptcy" traduz-se por "falência" ou "bancarrota", segundo o dicionário Houaiss.

Ainda segundo o dicionário, a palavra "bancarrota" define-se por "quebra, falência ou insolvência, acompanhada ou não de culpa ou fraude do devedor".

A discussão se torna complicada porque o termo "bankruptcy", em inglês, muda de sentido quando conjugado com as regras do chamado "chapter 11" (capítulo 11), que dá aspectos diferentes ao termo.

O capítulo 11 da legislação americana concede ao devedor um prazo --que pode ser de 60 dias, com exceções dependendo do caso-- para que a empresa possa reorganizar suas contas e atender seus credores. Já outro capítulo, o 7, diz respeito à liquidação judicial --a falência propriamente dita.

Na aplicação das regras, a própria empresa se declara impossibilitada de pagar suas dívidas. É feita, então, a arrecadação, através da Justiça, dos bens para distribuição entre os credores, explica a professora de direito societário Larissa Teixeira, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).

Assim, a dificuldade de aplicação do termo usado nos EUA ("bankruptcy") aqui no Brasil ocorre porque a palavra traduzida ("bancarrota") serve para indicar a liquidação de uma empresa, com a noção de reorganização das contas --própria de um outro instrumento jurídico, a chamada recuperação judicial.

O capítulo 11, assim, viabiliza a recuperação da empresa. A intenção da lei americana é dar um respiro ao devedor --ou seja, no período da reorganização os credores não podem cobrar judicialmente o devedor, e as cobranças que eventualmente sejam feitas ficam em suspenso, explica o advogado Guilherme Abdalla.

A lei no Brasil

Teixeira lembrou que a Lei de Falências no Brasil, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2005, foi inspirada na legislação americana ao instituir a recuperação judicial, que substitui a antiga concordata.

Pela lei, uma empresa brasileira em dificuldades deve, após permissão da Justiça, apresentar um estudo de viabilidade econômica com um plano detalhado de recuperação de suas finanças, que deve ser aceito pela maioria dos credores. Enquanto isso, as ações contra a empresa ficam suspensas por 180 dias.

A concordata era uma relação que havia entre o devedor e apenas um tipo de credor, o quirografário --aquele credor que tem nas mãos uma dívida sem garantia real, ao contrário de dívidas ou financiamentos como hipotecas ou penhores.

No caso específico de instituições financeiras no Brasil, não há a aplicação da Lei de Falências. Nessas instituições, como bancos e seguradoras, os problemas de insolvência são resolvidos através de regras estabelecidas pelo Banco Central, lembrou Abdalla.

Fonte: Uol

Bovespa tem queda de 7,59%, a maior desde 11 de setembro de 2001

A crise que avança sobre os mercados internacionais atingiu fortemente a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta segunda-feira (15). O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - fechou em baixa de 7,59% no dia, terminando o pregão aos 48.416 pontos.
Foi a maior baixa desde 11 de setembro de 2001, quando o índice recuou mais de 9%.

A desconfiança internaiconal e o desânimo com a má performance da economia americana aumenta também a aversão do investidor ao risco financeiro. Isso fazia o risco-país do Brasil se elevar a 309 pontos perto do fechamento do pregão, uma alta de 15,3% sobre os 268 pontos de sexta-feira (12).

Lehman Brothers e AIG

Os mercados reagiram à notícia de que o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, pedirá concordata, após ver fracassadas as negociações para a venda no final de semana.

O banco anunciou que nenhuma de suas subsidiárias de corretagem de valores ou outras subsidiárias da holding serão incluídas no pedido de proteção do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, e que todas vão continuar operando com normalidade.

Além disso, as ações do AIG (American International Group) - maior seguradora dos EUA - mostraram queda de 60% no fim do pregão da Bolsa de Nova York.A seguradora anunciou um acordo pela qual suas subsidiárias irão emprestar à matriz um total de US$ 20 bilhões para que ela continue operando, graças a um permissão dada pelo órgão regulador de seguros do estado de Nova York.

Bolsas

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones teve baixa de 4,4%. Na Europa, o resultado do dia levou os mercados do continente ao pior patamar em dois meses. O indicador que reúne os principais mercados do continente teve baixa de 3,67% nesta segunda-feira.

Na Ásia, o impacto foi menor porque as maiores bolsas - Japão, Hong Kong e Coréia do Sul – ficaram fechadas por causa de um feriado. Mas os mercados restantes fecharam no vermelho: Índia, 5,4%; Taiwan, 4,1%; Austrália, 2%; e Cingapura, 2,9%.

Quebra importante

Trata-se da quebra mais importante nos EUA desde 1990, quando o Drexler Burnham Lambert - especialista em "bônus lixo" - apresentou a mesma declaração.

O Lehman Brothers, que operava há 158 anos, se transforma no terceiro banco de investimento que desaparece ou muda de mãos em seis meses nos EUA. Em março, o Bear Stearns obrigou a intervenção do Departamento do Tesouro. Neste domingo (14), o Bank of America comprou o Merrill Lynch.

A quebra do Lehman era considerava certa depois que, no domingo, fracassaram as conversas entre as autoridades econômicas dos EUA e representantes das principais entidades financeiras para encontrar um comprador.

A solução inicial, que incluía a venda de seus ativos rentáveis ao grupo britânico Barclays, foi abandonada depois que a instituição do Reino Unido renunciou, por causa da negativa do Tesouro dos EUA em dar respaldo financeiro à operação. O Lehman Brothers, cuja sede fica em Nova York, tem sedes regionais em Londres e Tóquio.

Fonte: Globo Online

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,810 - 1,812 - 1,74%
Dólar paralelo (em R$)
1,800 - 1,950 - 0,00%
Dólar turismo (em R$)
1,780 - 1,940 - 0,00%
Euro (em R$)
2,578 - 2,578 - 0,28%

Leia as manchetes de hoje dos principais jornais do país

VALOR ECONÔMICO
- Wall Street vive domingo caótico e espera por dia D
- Hypermarcas compra Niasi por R$ 366 mi
- Construção tem caixa curto e crédito farto
- Minério de Casa de Pedra turbina Namisa
- Pecuária marca eleição em Xapuri

FOLHA DE S.PAULO
- Verbna do petróleo não melhora nível da escola pública
- 4º maior banco de investimentos dos EUA deve ser liquidado
- Hugo Chávez acusa general boliviano de golpismo
- Lobby do fumo doa R$ 1,7 mi para candidatos
- Situacionistas arrecadam mais que opositores

O ESTADO DE S.PAULO
- EUA socorrem bancos para conter crise global
- Para CNJ, Justiça será digital só em dez anos
- Cúpula sinaliza apoio a Evo
- Campanha de Alckmin parte para o ataque na TV
- Cemitérios de São Paulo têm filas para vagas

JORNAL DO BRASIL
- Só Solange quer a aprovação automática
- Subúrbio sofre com abandono
- Vereador faz lei para derrubar a Apac em Botafogo
- Brasil-China: parceria de US$ 30 bi
- Sarah fez ação entre amigos

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sebrae e governo vão investir R$ 34 bilhões na promoção da exportação

Ampliar em dois anos a participação das exportações brasileiras, de 1,17%, para 1,25% das exportações mundiais e aumentar em 10% o número de micro e pequenas exportadoras. Para apoiar o alcance dessas metas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentou, na quarta-feira (3), em coletiva de imprensa, a 'Estratégia Brasileira de Exportação'.

As duas metas integram a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio deste ano pelo Governo Federal, que apontou alguns dos desafios para a manutenção do crescimento das exportações brasileiras. Essa é a primeira estratégia voltada para a promoção da exportação criada pelo atual governo e é também a primeira com o objetivo de aumentar o número de micro e pequenas empresas no comércio exterior.

Atingir uma participação de 1,25% nas exportações mundiais equivale a exportar US$ 208,8 bilhões em 2010. Isso vai requerer um crescimento médio anual das exportações brasileiras de 9,1%, entre 2007 e 2010. Para alcançar a segunda meta, será necessário ampliar a base exportadora brasileira em mais de 1,1 mil pequenas empresas.

"Quando falamos em ampliar de 1,17% para 1,25%, é possível que achem o número baixo. Mas, na verdade, estamos sendo audaciosos. Hoje, a participação brasileira no mercado externo é um pouco superior a 1%, o que já deixa o Brasil entre os 30 maiores exportadores mundiais", explicou o secretário-executivo do MDIC, Ivan Ramalho.

A 'Estratégia Brasileira de Exportação' foi desenvolvida pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, em parceria com o Sebrae e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio dos demais órgãos do Governo Federal que também atuam direta e indiretamente no comércio exterior brasileiro.

"Nós do Sebrae estamos contentes e confiantes com essa estratégia que está sendo lançada. A partir do momento que oferecemos conhecimento, diminuímos a burocracia, ampliamos o acesso ao crédito para a internacionalização das micro e pequenas empresas, o Sebrae só tem a comemorar", disse o presidente da Instituição, Paulo Okamotto.

De acordo com Okamotto, são poucas as micro e pequenas empresas que exportam, um total de 11 mil, totalizando US$ 250 mil ao ano.

"Queremos aumentar esse número e também aumentar o valor agregado do que é exportado. Se fortalecermos as micro e pequenas empresas para o mercado externo, garantiremos também o mercado interno, já que teremos mais profundidade, mais qualidade, mais emprego e renda para o País", disse. Leia mais na Agência Sebrae de Notícias - http://www.sebrae.com.br/

Fonte:
Regina Xeyla
Divulgado na Agência Sebrae de Notícias (ASN)
03/09/08

Alimentos e energia continuam caros até 2015, diz Cepal

Os preços dos alimentos e da energia continuarão subindo, até 2015, quando a tendência de alta deve ser contida, de acordo com estimativas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que iniciou um seminário regional sobre o tema, nesta quinta-feira.

Nos próximos sete anos, o preço dos combustíveis e alimentos, como arroz, trigo e milho, continuará subindo, embora a taxas menores do que tem acontecido nos últimos meses, até se estabilizar em 2015, afirmam os especialistas reunidos pela Cepal.

Os preços dos alimentos seguirão pressionados, basicamente, por seu uso na produção de biocombustíveis para fazer frente à alta do preço do petróleo, disse à AFP o coordenador do Instituto Internacional de Pesquisas sobre Políticas Alimentares, Máximo Torero.

"O modelo que simula a tendência em longo prazo inclui o consumo de biocombustíveis (...), motivo pelo qual os preços (dos alimentos) se manterão altos, mas sem considerar o pico dos últimos meses", explicou.

"Com o desenvolvimento dos biocombustíveis no mundo e, mais regionalmente, no Brasil, vai-se manter a tendência de alta dos custos, que são transferidos, infelizmente, para todo o espectro social", acrescentou Torero.

Em 2015, segundo ele, a pressão sobre os preços deverá diminuir, em conseqüência da aplicação de uma série de medidas para regular a oferta e controlar a especulação - outro fator que influenciou a alta dos preços dos alimentos.

Nesse ano, o preço do trigo deverá se estabilizar perto dos 180 dólares por tonelada (contra os atuais 160 dólares), enquanto que o arroz poderá atingir um teto de 280 dólares (hoje, são 250 dólares). Em relação ao petróleo, a expectativa é de 120 dólares por barril. Nesta quinta, o cru fechou a 107 dólares, em Nova York.

Fonte: AFP

Produtor de cana de SP assina acordo para pôr fim a queimadas

Produtores independentes de cana de São Paulo, maior produtor brasileiro, assinaram nesta quinta-feira um acordo com o governo do Estado estabelecendo prazos para o fim das queimadas da palha de cana, informou o Ministério da Agricultura.

Pelo acordo, as chamadas áreas mecanizadas, onde as colhedoras de cana podem realizar o trabalho, terão de encerrar a prática da queima até 2014. As áreas montanhosas, onde as máquinas não podem colher, deverão acabar com as queimadas em 2017.

Assim, os produtores aceitaram a antecipação do fim das queimadas no Estado, antes previsto para 2021 em áreas mecanizadas e para 2031 as não-mecanizadas.


Um acordo semelhante foi assinado no ano passado pelas usinas, que processam a sua própria cana e que compram de produtores independentes. As datas são as mesmas nos dois acordos.
Vinte e três associações, envolvendo 13 mil produtores que colhem 91 milhões de toneladas, assinaram o acordo.

A indústria vê o acordo como uma forma de proteger o setor de eventuais barreiras ambientais impostas por clientes no exterior. Mais de 50 por cento da cana do Estado na atual temporada deve ser colhida por máquinas, cujo processo não requer a queimada.

Os canaviais são queimados antes da colheita manual para facilitar o corte pelos trabalhadores, mas a prática prejudica a qualidade do ar nas cidades próximas às áreas de produção.

Fonte: Reuters

Brasil pode retomar acordos bilaterais, com o fim da Rodada Doha

Durante o Fórum Especial sobre os BRICs (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o Brasil não abandonou as negociações bilaterais.

A declaração foi feita esta semana. Ele lembrou ainda que o país apenas teve de interromper as negociações com a União Européia, porque o mandato do bloco europeu, em relação aos acordos com o Mercosul, exige que, antes, seja encerrada a Doha.

Mercosul

Ele frisou que o Brasil não vai enfraquecer, se negociar ao lado dos demais parceiros do Mercosul. "Na medida em que fortalecemos o bloco, fortalecemos nossa presença internacional. O Brasil é maior, porque é capaz de aglutinar a América do Sul".

"O sistema multilateral (em que o Brasil negocia como integrante de um bloco) é muito importante para nós, por vários motivos. O principal deles são os subsídios, que mais atingem a agricultura, setor em que somos competitivos. E os subsídios, jamais conseguiremos eliminar ou sequer disciplinar em acordos bilaterais", acrescentou, ao lembrar que nunca se recusou a assinar acordos bilaterais.

Argentina

No início de agosto, o presidente da Fiesp e do Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, defendeu os acordos com a Argentina."A Rodada Doha fracassou, mas o Brasil e o Mercosul não podem esperar. É preciso que se busquem negociações bilaterais de comércio e seria interessante termos o apoio dos argentinos", disse, pouco antes de se encontrar com autoridades e empresários.

A Argentina e o Brasil são as duas maiores economias do Mercosul, bloco econômico criado em 1991, com o objetivo de integrar as economias da América do Sul.

O país vizinho é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, com uma corrente de comércio (somas das exportações e importações), em 2007, de US$ 25 bilhões (25% maior que em 2006 e quase o dobro do registrado em 2003), com vantagem para o lado brasileiro, superavitário em US$ 4 bilhões.

Fonte: InfoMoney

Brasil continuará crescendo, apesar de crise, diz OCDE

Paris, 5 set (EFE) - As perspectivas de crescimento econômico do Brasil "parecem indicar uma expansão das perspectivas", o que também ocorre em China e Rússia, segundo os indicadores compostos avançados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em julho publicados hoje.

Em julho, o indicador composto avançado do Brasil aumentou 1,4 ponto e 2,3 pontos em um ano.O comunicado da entidade indica que os dados mais recentes para grandes economias não membros da OCDE apontam para "uma inflexão na Índia".

Já as perspectivas de crescimento econômico do Grupo dos Sete (G7, sete nações mais industrializadas do mundo) continuam se deteriorando. O indicador composto avançado para a zona da OCDE desceu 0,7 ponto em julho e é inferior em 5,2 pontos ao nível registrado há um ano.

Para os Estados Unidos, o indicador caiu 0,2 ponto em julho (5 pontos em um ano), enquanto para a zona do euro os números são piores: uma queda de 1,2 ponto esse mês e de seis pontos em 12 meses.

Para o Japão, a redução é de 0,5 ponto em julho e de 3,4 pontos em um ano.Os indicadores mostram uma "desaceleração" em Estados Unidos, Japão e Canadá, e um "forte arrefecimento" na zona do euro.

Em junho, o indicador composto avançado para a China diminuiu 1,3 ponto (1,4 ponto em um ano) e o da Índia 1,5 ponto esse mês e 5,5 pontos em 12 meses, enquanto para a Rússia o avanço foi de 1,8 ponto e de 5 pontos, respectivamente.

Saiba:

Os indicadores compostos avançados da OCDE são concebidos para assinalar previamente os pontos de variação (altos e baixos) entre as fases de expansão e de diminuição da atividade econômica.

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,715 - 1,717 - 0,00%
Dólar paralelo (em R$)
1,720 - 1,820 - 0,00%
Dólar turismo (em R$)
1,640 - 1,780 0,00%
Euro (em R$)
2,447 - 2,447 - 0,10%

Veja as manchetes dos principais jornais nesta sexta

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
- Bolsa cai ao menor nível em 1 ano

Agora S.Paulo
- INSS aceita testemunha para conceder pensão

O Estado de S.Paulo
- Lula autoriza plano para privatizar Galeão e Viracopos


Jornal do Brasil
- As tropas vêm aí

O Globo
- Lula aceita idéia de Cabral e decide privatizar Galeão

Gazeta Mercantil
- Investidor foge do risco e causa queda de 3,96% na Bovespa

Valor Econômico
- Pessimismo mundial atinge bolsas e dólar vai a R$ 1,722

Estado de Minas
- Sindicatos vão à luta por gatilho salarial

Jornal do Commercio
- Médicos dão trégua


Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
- McCain aponta para fim de "rancor partidário", apropriando-se do tema de mudança do rival

The Washington Post (EUA)
- "A mudança está chegando", diz McCain

The Times (Reino Unido)
- Venda de carros quebra com freada da economia

The Guardian (Reino Unido)
- Reino Unido austero: desaceleração força consumidores a mudar hábitos

- Le Figaro (França)
- PS: a pesquisa que desestabilizou Ségolène Royal

China Daily (China)
- Má projeção é tida como causa de tragédia em escolas

El País (Espanha)
- Fim da contratação de estrangeiros no exterior provoca rejeição geral

Clarín (Argentina)
- Sabotagem, raiva e vandalismo: oito vagões incendiados

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Entenda o que é a camada pré-sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende por cerca de 800 quilômetros abaixo do leito do mar, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).

O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.

Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Arte Folha

Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo.

Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos. ]

Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

Fonte: Folha Online

Argentina sofre com a pior seca em décadas

A Argentina, um dos maiores produtores mundiais de grãos e carne, está sofrendo a pior seca em ao menos duas décadas, com perdas nas colheitas e no rebanho e poucas perspectivas de melhora imediata.

A seca afeta boa parte do país, mas principalmente uma faixa que vai do centro-oeste ao nordeste do território argentino, incluindo parte de Buenos Aires e de Santa Fé, duas importantes Províncias agropecuárias.

Nas áreas mais afetadas, o cenário é de vegetação escassa e amarelada, terra seca e vacas magras ou mortas. Segundo cálculos preliminares públicos e privados, as perdas com a seca já somam mais de US$ 500 milhões na agricultura e pecuária.

A falta de chuvas diminuiu dramaticamente a área de semeadura de milho e trigo, e reduziu em cerca de 700 mil o número de cabeças de gado, cujo alimento vegetal é escasso ou inexistente por conta da falta de água.

Os pecuaristas estão vendendo o gado rapidamente, antes que os animais morram. Isso implica não apenas na perda de fêmeas para reprodução, o que no futuro poderia ameaçar a produção de carne e leite, mas também diminui o preço do gado no mercado.

Os prejuízos se somam a outros de bilhões de dólares registrados na produção agropecuária durante o conflito entre o campo e o governo, entre março e junho.

Fonte: MAX SEITZda BBC, em Buenos Aires

Produção industrial tem alta 1% em julho e 6,6% no ano, diz IBGE

A produção industrial do país desacelerou e subiu 1% em julho frente ao mês anterior, após avanço de 2,9% em junho, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o instituto, o resultado indica um quadro positivo da atividade industrial, ainda que com um ritmo menor de crescimento.


Em relação a julho do ano passado, foi verificada alta de 8,5%, o que indica um quadro de 25 altas consecutivas nesse dado comparativo. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial tem crescimento de 6,8%, ante 6,7% nos 12 meses imediatamente anteriores.
No ano, a indústria teve incremento de 6,6%, em relação ao verificado de janeiro a julho de 2007.
A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve aumento de produção em 17 dos 27 ramos pesquisados em julho, na comparação com o mês anterior. O principal destaque ficou por conta da indústria de produtos químicos, que cresceu 4,2% no período. Também apresentaram alta as indústrias de máquinas e equipamentos (2%) e edição e impressão (5,6%).

Por outro lado, os principais resultados negativos foram constatados nas produções de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,6%), automobilística (-1,2%) e bebidas (-3%).

Fonte: Folha Online

Coréia do Sul e Uruguai assinam pacto de cooperação pesqueira

Representantes dos governos da Coréia do Sul e do Uruguai assinaram nesta terça-feira em Seul um acordo de cooperação em matéria de pesca que servirá para estreitar as relações bilaterais, disseram à agência de notícias Efe fontes oficiais.

O pacto foi assinado hoje pelo ministro da Pecuária do Uruguai, Ernesto Agazzi, e o vice-ministro de Alimentos, Agricultura, Florestas e Pesca da Coréia do Sul, Park Duk-bae. Pelo acordo, que começou a ser negociado em 2002, os dois países deverão intercambiar informação e pessoal para desenvolver seus recursos pesqueiros.

Além disso, ambos planejam compartilhar sua experiência na criação artificial e no processo de tratamento do pescado, e no método de distribuição mais adequado para os mariscos, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

O governo sul-coreano considera esse pacto de grande importância porque consolida a base da cooperação em matéria de pesca entre os dois, o que permitirá aos navios do país um melhor uso da estrutura portuária de Montevidéu.

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, faz uma visita à Coréia do Sul que deve terminar nesta quarta-feira (3).

Fonte: Agência de Notícias Efe fontes oficiais

Petrobras inicia extração de óleo do pré-sal no campo de Jubarte

A Petrobras vai dar início hoje à produção do primeiro óleo do pré-sal, no Campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do Espírito Santo. A solenidade de início do primeiro óleo do pré-sal contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

O início da produção de Jubarte foi precedido por uma entrevista coletiva na Unidade de Negócios da Petrobras, no Espírito Santo, pelo diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, e pelo gerente-executivo de Exploração e Produção do Pré-Sal, José Formiglli.

Para Estrella, ao iniciar a produção do pré-sal no Parque das Baleias, a empresa vai dar um passo decisivo na ampliação dos conhecimentos que levarão a Petrobras a desenvolver as reservas do pré-sal localizadas no Espírito Santo e em outros pontos do litoral brasileiro.

"O início da produção efetiva do primeiro óleo do pré-sal é um novo marco na história da indústria do petróleo no Brasil e no exterior. Ele é um poço importantíssimo para nós na medida em que possibilitará a coleta de dados que vai ser complementada no ano que vem com entrada em produção do primeiro poço de Tupi, que será responsável pelo Teste de Longa Duração (TLD)."

A primeira extração do pré-sal se dará a partir do poço 1-ESS-103ª, que estará interligado à FPSO Juscelino Kubitschek (P-34), e exigiu investimentos de cerca de R$ 50 milhões. A produção começa com um Teste de Longa Duração (TLD), que servirá de parâmetro para que se possa observar o comportamento do óleo do pré-sal, tanto no reservatório como na planta de processo da plataforma, devendo durar de seis meses a um ano.

Fonte: Agência Brasil

Leia as manchetes de hoje dos principais jornais do país

CORREIO BRAZILIENSE
- IBGE: produção industrial cresce 6,6% no ano até julho
- Inflação semanal recua em seis de sete capitais pesquisadas, informa FGV
- Preço do petróleo cai a US$ 105 após perda de força do Gustav
- Trezza é o novo responsável temporário pela Abin
- Conheça as principais formas de escuta e como evitá-las
- Reforma política é fatiada em cinco para facilitar aprovação

VALOR ECONÔMICO
- Gafisa compra Tenda e tira construtora da crise
- Grampo no STF favorece defesa de Dantas
- Contração mundial já reduz exportações
- Construtoras entram no setor de usinas
- Verticalização ganha força na siderurgia

FOLHA DE S.PAULO
- Cúpula da Abin é afastada após grampo
- Com US$ 17,5 bi, importação do país em agosto atinge recorde
- Governo estuda criar agência para o setor nuclear
- Solteira, filha de 17 anos da vice de McCain está grávida
- Furacão perde intensidade e não repete Katrina

O ESTADO DE S.PAULO
- Sob pressão do STF e Senado, Lula afasta cúpula da Abin
- Preço da cesta básica cai em 15 capitais
- Presa gangue que explorava compra de remédios em SP
- Justiça decide que motorista bêbado perde seguro de vida
- New Orleans resiste ao furacão

JORNAL DO BRASIL
- Grampo derruba a cúpula da Abin
- Candidatos têm promessas iguais
- Serviços em parques do Rio serão licitados
- Lula abre pré-sal com megaevento
- OAB intima Marlan Jr.

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,657 - 1,659 - 0,73%
Dólar paralelo (em R$)
1,750 - 1,850 - 2,94%
Dólar turismo (em R$)
1,620 - 1,770 - 0,62%
Euro (em R$)
2,409 - 2,409 - 0,57%

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Minc nega exploração de canaviais no Pantanal e garante proteção do bioma

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou há pouco que o governo esteja estudando alguma proposta para permitir o avanço da cultura da cana-de-açúcar no Pantanal Matogrossense. Ele negou que sejam verdadeiras as informações veiculadas no jornal O Globo, no último sábado (23), quanto à exploração de canaviais e a instalação de usinas no bioma.

“O Pantanal não vai virar canavial. Não vai ter nenhuma usina de cana no Pantanal. Ao contrário, todo o bioma do Pantanal vai ser protegido”, afirmou o ministro durante a inauguração de uma estação para tratamento de esgoto, na zona oeste do Rio. Para ele, a publicação foi “uma matéria que não correspondeu (à verdade)”.

O ministro disse também que em torno do Pantanal será feita uma faixa de proteção do bioma, e os produtores agrícolas que exploram terras fora dessa dessa área deverão se adaptar. “As atividades que existem há 10, 20 anos vão ter que se adequar usando cada vez menos agrotóxicos e menos manejo de terras, que acabam entupindo os rios lá embaixo”, ressaltou.

Minc informou que o governo federal estuda um projeto de zoneamento ecológico para regular a plantação de cana próxima ao bioma e reiterou que não haverá “um pé de cana no Pantanal ou na Amazônia”.“Áreas próximas a esses sistemas, que não fazem parte deles, terão regras mais rigorosas do que as que existem hoje”, garantiu.

Fonte: Agência Brasil

Aumento da classe C transforma o perfil do setor de alimentação

A estabilidade econômica e o aumento da renda média no Brasil estão contribuindo para um fenômeno: nos últimos anos, cerca de 20 milhões de pessoas da classe C foram inseridas no mercado de consumo. Essa realidade, dentre outros efeitos, muda o perfil do mercado de alimentação no País.

De acordo com Enzo Dona, consultor de negócios da cadeia produtiva da alimentação e diretor da ECD Consultoria, a classe C hoje representa 46% da população brasileira, e deve chegar a 58% em 2012.

A relação entre essa quantidade e a transformação do mercado de alimentos se torna ainda mais significativa quando se considera que, no momento, a classe C gasta 40% do que ganha com alimentação.

Transformações

Como primeira conseqüência do aumento na participação da classe C no mercado de consumo, Enzo aponta o crescimento do segmento de lanches. "Primeiro esse cidadão passa no quiosque, depois sonha com a lanchonete e, em seguida, com a rede fast food", ilustrou.

Atualmente, o número de refeições consumidas por dia no Brasil gira em torno de R$ 55 milhões. Esse número vai aumentar para 74 milhões por dia até 2012, segundo o consultor. Em 2009, o total do faturamento do setor de alimentação fora do lar será de R$ 64,7 bilhões e, em 2012, R$ 90 bilhões.

No ano passado, como informa a Agência Sebrae, cerca de 26% das despesas totais dos brasileiros economicamente ativos com alimentação foram com refeições fora do lar. O almoço equivale a 83% desse novo hábito nacional.

Fonte: Site Info Money

Julho registra a maior taxa de juros do cheque especial em cinco anos

A taxa de juros do cheque especial em julho foi a maior registrada desde agosto de 2003, segundo a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (25).

De acordo com os dados, a taxa de juros anual do cheque especial ficou em 162,70% no sétimo mês deste ano, menor apenas do que a de 163,9% de agosto de 2003. Isso significa que há cerca de cinco anos o brasileiro não pagava tão caro pelo empréstimo em cheque especial.

Em relação às taxas mensais, é possível dizer que o brasileiro pagava uma média de 8,42% no cheque especial há cinco anos, ante 8,38% no mês passado.

Taxa (% ao mês) - Cheque especial
Julho 2007 - 7,54
Junho 2008 - 8,26
Julho 2008 - 8,38
Fonte: Banco Central

Fonte: Texto site UOL

China estuda plano de ativação econômica de US$ 54 bilhões

XANGAI, China, 25 Ago 2008 (AFP) - O governo chinês está estudando um plano de ativação econômica de US$ 54 bilhões que implicaria redução de impostos e aumento de gasto estatal, indicou nesta segunda-feira a imprensa oficial, em um novo sinal de que promover o crescimento está se tornando uma prioridade no país.

O plano de 370 bilhões de yuans, que ainda deve ser finalizado, inclui gastos estatais no valor de 220 bilhões de yuans e desoneração fiscal no valor de 150 bilhões de yuans, segundo a revista Economic Observer.

A notícia do plano coincide com uma fase de desaquecimento econômico chinês. Alguns especialistas temem que o final dos Jogos Olímpicos de Pequim intensifique a desaceleração. No momento em que a economia americana enfrenta dificuldades e a recessão assombra o Japão e a zona euro, existem preocupações sobre o desempenho das exportações do gigante asiático.

O crescimento econômico chinês recuou para 10,4% no primeiro semestre, em relação aos 11,9% de 2007, em parte pela desaceleração do aumento das exportações.

Fonte: UOL

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,631 - 1,633 - 0,00%
Dólar paralelo (em R$)
1,700 - 1,800 - 0,00%
Dólar turismo (em R$)
1,590 - 1,740 - 0,00%
Euro (em R$)
2,384 - 2,384 - 1,05%

Fonte: Site UOL

Leia as manchetes de hoje dos principais jornais do país

CORREIO BRAZILIENSE
- Mais de 900 vagas com salários de até R$ 8,3 mil estão em jogo
- Mais de 30% dos beneficiários recebem abono do PIS/Pasep no primeiro mês
- Petroleiros querem ser incluídos na discussão sobre pré-sal
- Governo pretende revogar MP que transformou secretaria em Ministério da Pesca
- Crescimento de intenções de voto para Márcio Lacerda surpreende o Planalto
- TSE libera 'ficha suja' que responde a 58 processos
- Quatro pessoas são presas suspeitas de planejar assassinato de Obama em Denver
- Líder checheno declara apoio à independência de Abkházia e Ossétia do Sul

VALOR ECONÔMICO
- China já é o segundo país em comércio com o Brasil
- Cai venda de tratores à Argentina
- Choque de realidade nas ações de construtoras
- Vanselow, o executivo brasileiro à frente da BHP
- Luizianne lidera em Fortaleza

FOLHA DE S.PAULO
- Reitor da Unifesp cai após denúncias
- Para mulher, Barack Obama é fruto do ´sonho americano´
- Crédito é o maior desde início do Plano Real
- Parlamentares de RR querem arrozeiros em reserva indígena
- STF inicia debate sobre aborto de feto anencéfalo

O ESTADO DE S.PAULO
- Crédito cresce apesar do aumento dos juros
- Lula acha que desempenho brasileiro em Pequim foi só " razoável "
- STF vai definir regra geral para terras indígenas
- Mulher de Obama tenta atrair eleitor de Hillary
- Gasto com cartão oficial derruba reitor da Unifesp

JORNAL DO BRASIL
- Cesar Maia dribla lei contra nepotismo e promove irmã
- CNJ começa a apurar tráfico de influência no Rio
- Zona Sul ganhará garagem em praça
- Procuradoria pede que Daniel Dantas volte à prisão
- Michelle e o sonho americano

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fundo de aval do Sebrae supera R$ 1 bilhão de créditos garantidos

As operações de crédito contratadas com a garantia do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) chegaram à casa de R$ 1,2 bilhão, contabilizados desde a sua criação em 1995. Desse valor, R$ 800 milhões foram garantias concedidas pelo Fampe e cerca de R$ 400 millões ficaram por conta do tomador de crédito.

Essas operações atenderam a 40 mil micro e pequenas empresas.Esses resultados demonstram que, há 13 anos, o Fampe vem cumprindo com sucesso a finalidade para a qual foi criado, que é a facilitação do acesso ao crédito para micro e pequenas empresas, mediante a concessão de garantia em financiamentos bancários, notadamente projetos de investimento fixo.

Só entre janeiro a junho deste ano, foram R$ 580 milhões de créditos contratados com a garantia do fundo de aval. As garantias concedidas somaram R$ 450 milhões. O número de empresas atendidas chegou a 20 mil. "O crescimento dos números este ano é reflexo das novas condições do Fampe aprovadas pelo Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae em agosto de 2007, que trouxeram, por exemplo, o aumento do percentual de aval", explica o analista do Sebrae José de Alencar Souza.

A expectativa é que esses números cresçam ainda mais. Isso porque, recentemente, foram agregados mais parceiros para atuar com o Fampe: agências de fomento do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, e do Paraná; além da revitalização do convênio com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

A essas instituições financeiras, o Sebrae está disponibilizando quase R$ 6,5 milhões para lastrear a garantia do Fampe nas operações de crédito, o que permitirá o atendimento a mais de duas mil empresas.

"O Fampe é um excepcional instrumento facilitador do acesso ao crédito pelas micro e pequenas empresas. Ajudamos na revitalização do fundo de aval e hoje chegamos a esses números extraordinários, os quais têm as micro e pequenas empresas como as maiores beneficiadas", diz o gerente executivo do Banco do Brasil, Kedson Macedo. Leia mais na ASN (http://asn.interjornal.com.br/index.kmf).

Fonte:
Regina Xeyla
Divulgado na Agência Sebrae de Notícias (ASN)
25/07/08

Congresso discute meios eletrônicos de pagamento

'Cartões de crédito: do começo ao futuro'. Esse é o tema central da quarta edição do C4 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, que será realizado de 27 a 29 de agosto no Hotel Transamérica em São Paulo. Este ano o evento traz 40% a mais de conteúdo em relação às edições anteriores. Entre eles, a divulgação de duas pesquisas inéditas sobre hábitos de consumo.

A programação deste ano está diferenciada e vai contemplar os principais assuntos em destaque nos meios eletrônicos de pagamento e crédito ao consumidor. "A principal novidade será o debate de assuntos que antes eram tendências e que agora são realidade para o setor", diz o sócio-diretor da Partner Conhecimento e promotor do Congresso C4, Álvaro Musa.

"Por exemplo, os pagamentos via celular e as parcerias dos players de cartões com as redes de telefonia já são realidade e nós estaremos discutindo com eles o sucesso destas operações", completa.

Entre os principais assuntos a serem abordados estão: Bandeiras após IPO's; Convívio entre Celular, Cartão e POS; Inclusão dos "sem cartão" no mercado de meios eletrônicos de pagamento; Uso Consciente do Crédito; e a Bolha do Crédito ao Consumidor.

Pequenas empresas

Embora, atualmente, apenas 27,24% dos 10.247.971 empresários de microempreendimentos existentes no Brasil admitam que usam cartão de crédito, contra 72,76% que não usam, o segmento terá seu espaço garantido nas discussões do C4. Isso porque, devido à importância do mercado de meios eletrônicos de pagamento para o aumento da competitividade da micro e pequena empresa, o Sebrae tem acompanhado atentamente a evolução dessa tendência.

O Sebrae irá promover, na quarta-feira (27), dentro do C4, um conjunto de palestras no espaço 'Momento Sebrae'. "Serão apresentadas ações regionais realizadas em parceria com o Sebrae que têm proporcionado a aproximação do segmento das micro e pequenas empresas ao mercado de meios eletrônicos de pagamento", explica o analista da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae André Dantas.

O Momento Sebrae, segundo André, "será uma oportunidade de reunir os representantes de diversos estados da nossa Instituição com os das instituições ligadas ao tema", afirma. Os temas discutidos serão: Reduzindo custos, alavancando negócios e inserindo as MPE - caso de sucesso da Credmalhas, em Monte Sião (MG); Mobile Payment e pequenos negócios, uma parceria de sucesso; Os pequenos negócios no mundo do comércio eletrônico (Correios); e Rede Ello Empreendedor (Sebrae/RJ) e Bolsa de Negócios (Sebrae Nacional).

As inscrições para o C4 2008 podem ser feitas pelo telefone (11) 3186-4405 ou pelo site www.congressoc4.com.br. Serviço: Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7494 e 2107-9362

Fonte:
Regina Xeyla
Divulgado na Agência Sebrae de Notícias (ASN)
25/08/08

Mantega confirma plano de priorizar resultado nominal em 2010

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje que o governo passará a perseguir o resultado nominal do setor público consolidado como esforço fiscal. No resultado nominal consolidado são consideradas as receitas e despesas das três esferas de governo e suas estatais, acrescidas dos gastos com juros. Oficialmente, a mudança ocorrerá a partir de 2010, quando ele espera que essas contas, "tenham superávit, e não déficit".

Mantega explicou que se trata de uma reestruturação contábil e que, até 2010, a economia para despesas com juros da dívida (superávit primário), indicador usado há anos para medir o resultado fiscal do governo, será mantido.

"Não vamos eliminar o primário nem o operacional", disse o ministro. "São conceitos que ficam. Vamos é dar maior importância, valorizar e olhar mais, daqui para frente, o resultado nominal.

"Ele disse ainda que o caminho para déficit nominal zero nas contas públicas será "segurar gastos correntes do governo e, depois que terminar esse ciclo inflacionário, o Banco Central vai voltar a reduzir juros". Os últimos dados disponíveis apontam que o resultado nominal do setor público era equivalente a 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB) até junho.
O ministro disse que será criado um grupo de trabalho para alterar a contabilidade pública, de forma a obter um alinhamento com a nova contabilidade internacional, cujas novas normas já estão em vigor para o setor privado."Isso vai demorar algum tempo, porque não é algo que se faça do dia para a noite", explicou.

Fonte: Valor Online

Prêmio Superação Empresarial recebe inscrições até dia 29

O Prêmio Superação Empresarial recebe inscrições até dia 29. A premiação, promovida pela Gerdau e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), tem por objetivo mostrar os bons exemplos de micro e pequenas empresas que, por meio da aplicação de bons métodos de gestão, tiveram resultados significativos.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas nos escritórios do Sebrae-SP ou pelo site www.premiompe.sebrae.com.br. A iniciativa, que está em sua terceira edição, recebeu 294 inscrições no ano passado.

Os organizadores do prêmio, dividido nas categorias Agronegócio, Comércio, Indústria, Serviços de Turismo, promoveram duas novidades nesta edição: a criação das categorias Serviços de Saúde, Serviços de Educação, Serviços de Tecnologia da Informação e demais Serviços, e do troféu especial Destaque de Boas Práticas de Responsabilidade Socioambiental.

A seleção é realizada a partir de um questionário, respondido pelos gestores das empresas concorrentes. Todas as empresas que respondem essa auto-avaliação recebem um relatório com os pontos fortes e as oportunidades de melhoria. Esse documento é uma importante ferramenta de gestão, que contribui significativamente para o desenvolvimento dessas companhias. Para a escolha das vencedoras, serão analisados os Critérios de Excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), ajustados à realidade das micro e pequenas empresas.

Serviço:
Inscrições MPE BrasilData limite: 29 de agosto de 2008Local: escritórios Sebrae/ SP ou no site www.premiompe.sebrae.com.br
Mais informações: 0800 570 0800
Inscrições: até às 18 horas do dia 29 de agosto
Devolução dos questionários de auto-avaliação: até 5 de setembro
Visita às candidatas selecionadas: 6 de outubro a 14 de novembro
Solenidade de premiação e divulgação das vencedoras: 2 de dezembro
Envio do relatório de avaliação às candidatas: ao longo do mês de dezembro

Fonte: Agência Sebrae de Notícias (ASN)
www.sebrae.com.br

Microcrédito precisa de lei e bancos específicos, diz prêmio Nobel

A criação de uma legislação específica para o microcrédito é fundamental para viabilizar a expansão dessas operações no Brasil e no mundo. Esse é o diagnóstico do economista de Bangladesh Muhammad Yunus, criador do conceito de microcrédito e ganhador do Nobel da Paz em 2006.

Em sua segunda visita ao Brasil, ele participou hoje de um evento que marcou as comemorações dos dez anos do Banco Popular Paulista, voltado ao microcrédito. Durante sua fala, Yunus explicou que somente com regras claras é que será possível a abertura de instituições voltadas exclusivamente à concessão de microcrédito, o que considera fator chave para a expansão dessa atividade, ainda bem pequena no Brasil.

Segundo ele, o ideal é que se crie instituições específicas para esse segmento, com estrutura mais enxuta e trâmites menos sofisticados dos que são praticados pelos bancos tradicionais. "Não dá para ter um barquinho com estrutura de navio", comparou o economista.

Também faz parte das recomendações de Yunus que os governos sejam meros observadores das operações de microcrédito. A seu ver, o Estado deve contribuir apenas para a criação do ambiente de negócios, mas não deve participar efetivamente da operação.

"Microcrédito e governo não têm uma boa química. Governo é uma engrenagem da política. Quando o governo se envolve, a política se envolve e tira a solidez do programa", exemplificou Yunus, que disse ter prometido auxílio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na expansão do microcrédito brasileiro.

Fonte: Valor Online

Cotações

Compra/Venda/Variação

Dólar comercial (em R$)
1,631 - 1,633 - 0,25%
Dólar paralelo (em R$)
1,700 - 1,800 - 0,00%
Dólar turismo (em R$)
1,590 - 1,740 - 0,00%
Euro (em R$)
2,410 - 2,410 - 0,05%

Leia as manchetes de hoje dos principais jornais do país

VALOR ECONÔMICO
- Terceirização perde espaço nas empresas
- Bancos neutralizam alta da CSLL
- Nossa Caixa e BB debatem valor de ativos
- Batalha política do lixo ameaça cidades
- Redes sociais são um convite aos negócios

FOLHA DE S.PAULO
- Arrecadação sobe, e dívida dos Estados bate recorde
- Escolha de vice de Obama causa mal-estar entre Hillary e partido
- Barbosa diz que esperavam um negro submisso no Supremo
- Queda de avião mata 68 pessoas na Ásia central
- Reitor da Unifesp é acusado de gasto irregular de R$ 230 mil

O ESTADO DE S.PAULO
- Brasil lidera investimento entre países emergentes
- Tucanos inauguram comitê com Kassab
- Objetivo de convenção é ´americanizar´ Obama
- Denúncia de tráfico de drogas cresce 21,4% em SP
- Brasileiras fizeram a diferença em Pequim

O GLOBO
- Aluguéis em favelas do Rio tendem 107 milhões
- Agora, é rumo a Londres-2012
- Interior já supera o Rio da capital
- Em Denver, uma sombra chamada Hillary Clinton
- Jandira parte para o ataque a Eduardo Paes

JORNAL DO BRASIL
- Petrobras avança no pré-sal
- Ação tenta anular golpe de Marlan Jr.
- MP investiga ganhos de 22 vereadores
- Obama vai ressaltar a crise
- A vez das traições na campanha

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Empresas de Minas investem em sociedades de garantia de crédito

O que as micro e pequenas empresas do leste e do sul de Minas Gerais têm em comum quando o assunto é acesso financeiro? Insuficiência de garantias e dificuldades cadastrais, custos elevados dos financiamentos elevados e falta de suporte técnico para elaborar projetos. A solução para amenizar esses e outros problemas também é comum entre as duas regiões: implantar uma Sociedade de Garantia de Crédito (SGC).

O primeiro passo foi dado este mês, com a entrega das cartas-consulta da SGC do Sul e do Leste de Minas Gerais. A entrega do documento é a primeira etapa exigida pelo Edital de Apoio à Constituição de Sociedades de Garantia de Crédito divulgado pelo Sebrae em março de 2008. A chamada pública prevê a aplicação de até R$ 3 milhões para a rápida constituição de dez SGC em todo o Brasil, inclusive na região Sudeste do País.

Os empresários das duas regiões mineiras acreditam que a SGC irá suprir as carências enfrentadas, prestando a assessoria e orientação necessária, além de cumprir sua principal função, que é a de complementar as exigências de garantias financeiras no momento da tomada do empréstimo. Para eles, o novo mecanismo será de fundamental importância para alavancar o crescimento das micro e pequenas empresas, aumentando o número de empregos e, conseqüentemente, a qualidade de vida dos moradores locais.

As micro e pequenas empresas representam 98% das empresas de Minas Gerais e têm crescimento uniforme ao longo do tempo, com média de 3,8% ao ano. Em 2006, esse segmento empregou 55% da mão-de-obra formal do Estado e foi responsável por 41% dos rendimentos salariais, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Leia mais na ASN (http://asn.interjornal.com.br/index.kmf).

Fonte:

Regina Xeyla

Divulgado na Agência Sebrae de Notícias (ASN)

15/08/08

Alimentos são os vilões da inflação na China

Pequim (China) - Os alimentos são os vilões da inflação na China. Em 2008, a alta acumulada já é de 19,5%. A rede de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC), espalhada pelo país, já reajustou seus preços locais duas vezes apenas este ano. Os números preocupam o governo, mas ainda são pouco sentidos no bolso de quem cozinha em casa.

Os legumes e a carne de porco são a base da alimentação dos chineses. Para ver o que isso representa no orçamento familiar, fomos às compras com a química aposentada Guo Weiping, em uma feira de bairro na zona leste de Pequim, próximo ao centro. A família de três pessoas gasta 30% da renda mensal com alimentação.

A lista de compras semanal para ela, o marido médico e a filha de 23 anos inclui 1 quilo de tomate, meio quilo de vagem, meio quilo de berinjela, meio quilo de alho-poró, duas abóboras pequenas e 1 quilo de carne de porco. Guo também leva as frutas da estação: uma dúzia de pêssegos, 2,5 quilos de melão e uma melancia. O custo semanal é de 20 a 30 yuans (entre R$ 5 e R$ 7,5).

No supermercado, são gastos mais 200 yuans (R$ 50 ) por semana com mantimentos que não podem faltar na despensa de todo chinês de classe média. A lista inclui óleo de amendoim, arroz, macarrão, ovos, farinha de trigo, algas, cogumelos secos, shoyo, vinagre, sal e açúcar. Somando tudo, o gasto total mensal com alimentação é de cerca de 900 yuans (R$ 225) – bastante alto, considerando-se a renda média nas cidades chinesas, de 8.065 yuans por ano. “Há um ano gastávamos uns 200 yuans a menos por mês, mas os aumentos foram todos no ano passado”, conta.

Fonte: Agência Brasil

Lula diz que governo tem condições de fazer seu sucessor em 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu na noite de ontem que o governo tem condições de fazer o seu sucessor em 2010. A afirmação foi feita durante solenidade de aniversário da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), em Brasília, quando foi cobrado por dirigentes sindicais sobre a candidatura do seu sucessor.

Ele ressaltou, no entanto, que o assunto será encaminhado no tempo certo.Lula foi saudado por dirigentes das centrais sindicais e durante 45 minutos fez um discurso relembrando passagens do seu tempo de dirigente sindical em São Bernardo do Campo (SP).

O presidente enfatizou que a sua geração, como metalúrgico, não teve em nenhum momento ganho salarial, diferente de hoje, quando a economia está crescendo e gerando empregos. Ressaltou, inclusive, que esta é a hora adequada para os trabalhadores reivindicarem mais direitos, "porque em momento de crise a gente tem é que ficar quieto".

Fonte: Agência Brasil

Novas regras sobre petróleo deixam acionistas da Petrobras em alerta

Os acionistas da Petrobras estão preocupados com o risco de serem prejudicados por mudanças no marco regulatório do setor e também pela suposta criação de uma empresa estatal para gerir os blocos da camada pré-sal, localizada abaixo do leito marinho. Na última quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração da BM&F Bovespa, Gilberto Mifano, disse que já foi procurado por acionistas da companhia, preocupados com os rumores de criação da estatal.

O executivo fez o comentário quando questionado se a possibilidade de criação de uma nova empresa não poderia ferir princípios de governança corporativa. Semana passada, em conferência a analistas e acionistas para a divulgação dos resultados do segundo trimestre, alguns presentes, que se identificaram como acionistas, manifestaram preocupação com o risco de prejuízos por causa das possíveis mudanças.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que nenhuma queixa foi registrada formalmente.Repetindo o tom cauteloso adotado pelos executivos da Petrobras em relação ao assunto, Mifano ressaltou que não tem nenhuma informação sobre como seria essa nova estatal nem a confirmação da sua criação. Entretanto, considerou que, caso haja mesmo uma nova empresa, "isso deverá ser feito com muito cuidado" para não ferir os diretos dos acionistas.

"Não estou preocupado com investidores estrangeiros. Estou preocupado com 400 mil brasileiros que escolheram ter ações da Petrobras", disse, após participar de evento promovido pela Apimec, no Rio. Ele explicou que não tem posição sobre o que a Petrobras deveria ou não fazer em relação à criação de uma empresa. "Não tenho uma posição e, se tivesse, seria leviano manifestá-la, porque não tenho muita informação."

Fonte: Estado de S. Paulo