sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Alimentos são os vilões da inflação na China

Pequim (China) - Os alimentos são os vilões da inflação na China. Em 2008, a alta acumulada já é de 19,5%. A rede de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC), espalhada pelo país, já reajustou seus preços locais duas vezes apenas este ano. Os números preocupam o governo, mas ainda são pouco sentidos no bolso de quem cozinha em casa.

Os legumes e a carne de porco são a base da alimentação dos chineses. Para ver o que isso representa no orçamento familiar, fomos às compras com a química aposentada Guo Weiping, em uma feira de bairro na zona leste de Pequim, próximo ao centro. A família de três pessoas gasta 30% da renda mensal com alimentação.

A lista de compras semanal para ela, o marido médico e a filha de 23 anos inclui 1 quilo de tomate, meio quilo de vagem, meio quilo de berinjela, meio quilo de alho-poró, duas abóboras pequenas e 1 quilo de carne de porco. Guo também leva as frutas da estação: uma dúzia de pêssegos, 2,5 quilos de melão e uma melancia. O custo semanal é de 20 a 30 yuans (entre R$ 5 e R$ 7,5).

No supermercado, são gastos mais 200 yuans (R$ 50 ) por semana com mantimentos que não podem faltar na despensa de todo chinês de classe média. A lista inclui óleo de amendoim, arroz, macarrão, ovos, farinha de trigo, algas, cogumelos secos, shoyo, vinagre, sal e açúcar. Somando tudo, o gasto total mensal com alimentação é de cerca de 900 yuans (R$ 225) – bastante alto, considerando-se a renda média nas cidades chinesas, de 8.065 yuans por ano. “Há um ano gastávamos uns 200 yuans a menos por mês, mas os aumentos foram todos no ano passado”, conta.

Fonte: Agência Brasil

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