sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Prorrogado o prazo para adesão ao Simples Nacional

Solicitações de adesão ao Simples Nacional chegam a 25 mil por dia O Comitê Gestor do Simples Nacional prorrogou de 30 de janeiro para 20 de fevereiro o prazo de adesão ao Simples Nacional. Também foram prorrogados para o mesmo dia os prazos para o pedido de parcelamento especial de débitos, para pagamento da primeira parcela e para a regularização de pendências verificadas no ato do pedido de opção.

Foi adiada ainda para o dia 13 de março a data para o pagamento do Simples relativo ao mês de janeiro. Antes, dia 10 também de março, sai o resultado dos pedidos de opção que apresentaram pendências no ato de adesão.

As decisões estão na Resolução nº 54, que deverá ser publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). De acordo com o secretário executivo do Comitê Gestor, Silas Santiago, o objetivo é dar mais tempo às empresas para avaliarem as alterações na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (definidas pela Lei Complementar 128, de 19 de dezembro de 2008) e a viabilidade de opção. "Houve vários ajustes e até os escritórios de contabilidade estavam com dúvidas", disse.

Outro motivo é dar tempo suficiente para que os órgãos da Receita Federal e dos fiscos municipais e estaduais possam atender à grande demanda verificada principalmente nas últimas duas semanas. Nesse período, explicou, a média de adesão ao Simples Nacional saltou de 14 mil a 15 mil por dia para 25 mil por dia.

"Também não teríamos condições operacionais de atender à demanda até o dia 30 de janeiro", avalia Santiago. Até a manhã desta quinta-feira havia um total de 350 mil adesões, superando em 150 mil as 200 mil opções esperadas. Das 350 mil opções já contabilizadas, 21,497 mil são de novas empresas.

A avaliação de Silas Santiago é de que isso reflete especialmente os ajustes feitos na Lei Geral das MPE pelo nova lei 128/08, como os relativos à cobrança do ICMS, a abertura para entrada de novas categorias no Simples Nacional e o retorno de empresas que foram excluídas em dezembro passado por problemas de débitos que, regularizados, permitem o retorno ao Sistema.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias - www.agenciasebrae.com.br

Crise provoca pior trimestre dos últimos dez anos na indústria brasileira

Diante da baixa demanda provocada pela crise econômica mundial, a indústria brasileira registrou, no fim de 2008, o pior trimestre dos últimos 10 anos. Segundo a Sondagem Industrial, apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (29) os efeitos foram sentidos na redução da produção e no número de empregados.

O nível de atividade da indústria caiu para 40,8 pontos no quarto trimestre de 2008, o menor desde 1999. O número significa uma queda de 17 pontos em comparação com terceiro trimestre de 2008, que tinha ficado em 57,8 pontos. Os indicadores usados pela CNI na pesquisa feita com 1.407 empresas industriais de todo o país, vão de 0 a 100, em que a partir de 50 os índices representam resultados satisfatórios.

Junto com a queda na atividade industrial, outros indicadores apresentaram resultados negativos. O emprego, que estava em 54,4 pontos, recuou para 44 – desde 2006 a indústria não apresentava o indicador sobre postos de trabalho abaixo de 50 pontos. Os estoques de produtos finais também apresentaram forte alta, atingindo 53,5 pontos. No caso dos estoques, o indicador acima de 50 pontos significa que as indústrias não venderam como planejavam e os produtos não foram escoados.

Para fechar o quadro ruim, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se reduziu em 4 pontos percentuais, chegando a 74%. De acordo com o gerente de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, não há previsões claras para os próximos seis meses, mas as expectativas não são boas.
“As perspectivas dos empresários são muito pessimistas para os próximos 6 meses. Tanto em termos de demanda, quanto empregos e compra de matérias primas, eles esperam uma forte queda”, avaliou.

Segundo ele, mesmo esperando pela desaceleração da economia, a crise foi mais forte que o esperado. “A desaceleração era esperada, mas não com a intensidade que aconteceu. Ou seja, a crise realmente chegou muito forte. Haviam indícios de que iria acontecer uma retração no final do ano, mas não como indicaram os números apresentados”.

Fonte: Agência Brasil

Crise é positiva para o meio ambiente, afirma pesquisador do Ipea

A diminuição do volume de exportação dos recursos não-renováveis brasileiros resultou em ganhos ambientais para o país. A conclusão é do coordenador de Meio Ambiente do Fórum Mudanças Climáticas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Aroudo Mota. Ele é responsável pela pesquisa Trajetória da Governança Ambiental, divulgada pelo Ipea durante o lançamento do Boletim Regional e Urbano.

Em seu estudo, Aroudo apresentou uma série de dados sobre o que o Brasil deixou de exportar com a crise. “Ela [a crise] resultou em impactos ambientais positivos, apesar de externalidades negativas como a perda de empregos e o impacto que teve nos níveis de crescimento econômico de determinadas regiões”, disse o pesquisador.

Segundo ele, o trabalho buscou mensurar os principais impactos causados pela crise em indústrias como a de alumínio. “O que deixamos de exportar, entre os 32 produtos pesquisados, representa uma economia de aproximadamente 562 mil kilowatts de energia, a partir do consumo evitado. Isso daria para abastecer uma cidade de 25 mil pessoas”, acrescentou, referindo-se à exportação de alumínio.

A indústria do aço, segundo ele, deixou de exportar 740 milhões de quilos de aço bruto. “Isso significa uma redução de mais de 1 bilhão de toneladas em emissões de carbono, o que para o processo climático no Brasil é extremamente positivo”, avaliou Aroudo.

“Na indústria de veículos, o Brasil deixou de exportar em dezembro 62,1 mil carros, e isso também implica em redução do consumo de energia e de aço. Ainda estamos mensurando o quanto, mas é evidente – e isso pode ser afirmado tendo por base dados oficiais de 2008 – que o meio ambiente teve ganho substancial em função da não-exploração de recursos naturais, tanto renováveis quanto não-renováveis”.

Aroudo disse que estão sendo preparados outros estudos, abordando as madeiras e o cimento brasileiros. “Quando certificada, a madeira encontra dificuldades para entrar na Europa por decorrência da crise internacional”, adiantou.

Fonte: Agência Brasil

"Deus mercado" quebrou por falta de controle, comenta Lula

Para uma platéia de mais de 8 mil pessoas e ao lado de quatro presidentes da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula Silva criticou ontem à noite o Fundo Monetário Internacional (FMI), defendeu a intervenção do Estado na economia e voltou a dizer que a culpa pela crise financeira internacional é dos países ricos.

Lula e os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Fernando Lugo, do Paraguai, e Fernando Correa, do Equador, participaram de um debate durante o Fórum Social Mundial.

"A crise não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez. Não nasceu por causa da Constituição de Evo Morales. A crise nasceu porque durante os anos 80 e 90 eles defenderam a lógica de que o Estado não podia nada e que o ´deus mercado´ ia desenvolver o país e fazer justiça social. Esse ´deus mercado´ quebrou por falta de controle, por irresponsabilidade", comentou Lula.

O presidente criticou instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, que em crises anteriores emprestavam dinheiro aos países pobres mas exigiam como contrapartida a redução de investimentos na área social. "Parecia que eles eram infalíveis e nós, incompetentes. Espero que o FMI diga ao Barack Obama o que ele tem que fazer para consertar a economia. Diga à Alemanha como tem de resolver, ao Nicolas Sarkozy, ao Sílvio Berlusconi como vão cuidar das crises que eles criaram", ironizou.

Ao se dirigir aos colegas de continente, Lula preferiu falar das semelhanças entre eles em suas trajetórias políticas até chegar à presidência e evitou polemizar sobre as divergências em relação à Hidrelétrica de Itaipu, com Fernando Lugo, ou os problemas com o fornecimento de gás boliviano, com Evo Morales. Durante o debate, Chávez, Correa, Lugo e Morales repetiram o discurso que fizeram durante a tarde pedindo união entre os países da América Latina para superar a crise e apresentar ao mundo um novo modelo de desenvolvimento. "Um outro mundo é possível, necessário e está nascendo agora na América Latina", disse Chávez.

Nesta sexta-feira, Lula vai se reunir com o comitê internacional do Fórum Social Mundial e, em seguida, almoçar com a governadora do Pará, Ana Julia Carepa.

Fonte: Site UOL

Cotações

COMPRA/VENDA/VARIAÇÃO

Dólar comercial (em R$)
2,292/2,294/0,00%

Dólar turismo (em R$)
2,250/2,350/0,00%

Euro (em R$)
2,952/2,954/0,64%


Fonte: UOL

Leia as manchetes desta sexta (30) dos principais jornais do país

VALOR ECONÔMICO
- Itaipu e térmicas trazem reajuste maior de energia
- Expectativa do governo sobre a crise piora
- Vale vende participação na Usiminas
- OMC suspeita de subsídio em juros do BNDES e BB
- Empresas desistem do São Francisco

FOLHA DE S.PAULO
- Governo quer comprar e revender casa popular
- Obama assina lei para estimular equiparação de homem e mulher
- Terrorista diz que foi ajudado por serviço secreto francês
- Ford registra perda histórica de US$ 14,6 bi
- PSDB vai apoiar candidato do PT no Senado

O ESTADO DE S.PAULO
- Senado dos EUA defende plano mais protecionista
- BC admite ´contração´ e indica novo corte de juro
- ´Deus mercado quebrou´, diz Lula no Fórum Social de Belém
- Berlusconi, em protesto, cancela visita ao Brasil
- Guerra de banqueiros nos tribunais de NY

O GLOBO
- Crise já provoca medo de nova onda protecionista
- STF ouvirá Itália sobre caso Battisti
- Federais têm professores que ganham R$ 383
- BNDES dará socorro direito a montadoras
- Botafogo e Fla vencem e lideram

JORNAL DO BRASIL
- Juros do BC devem cair a 9% este ano
- Anúncio do bilhete único é o presente de Paes
- Governo ameaça fechar faculdades com ensino ruim -