terça-feira, 19 de agosto de 2008

Biodiversidade é tendencia para pequenas empresas

A rica biodiversidade brasileira pode ser uma aliada das micro e pequenas empresas. O mercado consumidor nacional e internacional anda ávido por produtos que utilizam plantas medicinais, aromáticas e especiarias. Os setores de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, de alimentação e fármacos são os que mais seguem essa tendência e podem crescer nos próximos anos.

Micro e pequenas empresas podem investir e apostar nos elos dessas cadeias produtivas, envolvendo plantio, coleta, processamento, embalagem, novos produtos e serviços. Esse foi o recado do Seminário Plantas Medicinais, Aromáticas e Especiarias, promovido pelo Sebrae Nacional na semana passada na Fundação Getúlio Vargas em Brasília.

O evento reuniu gestores das carteiras de projetos de agronegócios de 11 unidades do Sebrae nos estados e Distrito Federal. O objetivo foi fornecer subsídios para o desenvolvimento de novos projetos da Instituição voltados aos negócios e empreendimentos baseados no uso de plantas medicinais, aromáticas e especiarias.

A nova tendência de mercado pode beneficiar especialmente pequenos produtores e agricultores familiares, segundo Juarez de Paula, gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional. “Não é preciso possuir grande área para cultivar essas plantas. Há grandes compradores para elas, seja no setor da alimentação, fármacos ou de cosméticos”, afirmou Juarez.

A indústria de cosméticos talvez seja a maior interessada nessas matérias-primas, segundo ele.As indústrias compradoras das plantas medicinais, aromáticas e especiarias estão em praticamente todas as unidades da Federação e é preciso estreitar laços e elos com elas. O mercado de sucos e chás, por exemplo, cresce a 15% ao ano, enquanto o de refrigerantes, por exemplo, cresce entre 2% a 3%. “As pessoas estão preocupadas em consumir alimentos saudáveis e estão abandonando os refrigerantes”, observou o gerente.

Para Basílio, presidente da Abihpec, a regularização sanitária das pequenas empresas produtoras de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal é a principal questão a ser solucionada para o setor crescer. Segundo levantamento da Anvisa, existem atualmente cerca de 1,6 mil empresas regularizadas no País. A mesma quantidade deve estar operando na informalidade sanitária (sem seguir normas e legislações sanitárias), estima Basílio.

“A tendência das empresas que operam na clandestinidade sanitária e à margem do mercado é de que sobrevivam entre dois a três anos, apenas”, disse ele. O setor cresceu 10,9% ao ano nos últimos doze anos, enquanto o PIB nacional teve taxas médias de 2,8%. “Essa indústria tem grande fôlego e deve continuar crescendo na casa de dois dígitos, pelo menos nos próximos cinco anos”, previu. Saiba mais na ASN.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias (ASN) - http://www.sebrae.com.br/

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