quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Bush diz que EUA enfrentam séria crise financeira

WASHINGTON, 24 Set 2008 (AFP) - O presidente americano, George W. Bush, disse nesta quarta-feira, em um discurso à Nação, que a atual crise financeira ameaça "toda a economia" dos Estados Unidos, e pediu o apoio dos democratas para obter uma solução bipartidária.

"Estamos em meio a uma séria crise financeira. Toda a nossa economia está em perigo", disse Bush ao país, lembrando que a atual crise teve origem há uma década, porque os Estados Unidos são seguros e "muito dinheiro entrou no país (...) permitindo que muitos na América tomassem empréstimos".

Segundo o presidente, "o crédito fácil" levou a muitas decisões equivocadas dos tomadores em empréstimos e muitos não conseguiram pagar suas dívidas. Bush citou especificamente o caso das hipotecas, onde "muitos americanos, decididos a comprar suas casas, fizeram empréstimos", e lembrou que vários tomaram créditos para adquirir casas e vendê-las com lucro, mas quando os preços caíram, ninguém mais pagou as hipotecas, o que atingiu as gigantes do setor Fannie Mae e Freddie Mac.

O presidente destacou que a crise nas hipotecas provocou um efeito dominó e afetou o restante do mercado, com a situação ficando mais grave a cada dia, o que passou a exigir uma intervenção dramática.

Segundo Bush, sua disposição era deixar que os grandes que apostaram quebrassem, mas a situação envolve uma "crise de confiança" que pode afetar toda a economia, com o estrangulamento do crédito, a perda de empregos e o fechamento de muitas pequenas empresas nos Estados Unidos.

O presidente confirmou seu convite ao candidato democrata, Barack Obama, e ao republicano, John McCain, à Casa Branca, para analisar nesta quinta-feira uma "proposta bipartidária" de socorro ao setor financeiro.

Obama e McCain já confirmaram presença no encontro, que terá ainda os líderes dos dois partidos.

Fonte: AFP

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