A Argentina, um dos maiores produtores mundiais de grãos e carne, está sofrendo a pior seca em ao menos duas décadas, com perdas nas colheitas e no rebanho e poucas perspectivas de melhora imediata.
A seca afeta boa parte do país, mas principalmente uma faixa que vai do centro-oeste ao nordeste do território argentino, incluindo parte de Buenos Aires e de Santa Fé, duas importantes Províncias agropecuárias.
Nas áreas mais afetadas, o cenário é de vegetação escassa e amarelada, terra seca e vacas magras ou mortas. Segundo cálculos preliminares públicos e privados, as perdas com a seca já somam mais de US$ 500 milhões na agricultura e pecuária.
A falta de chuvas diminuiu dramaticamente a área de semeadura de milho e trigo, e reduziu em cerca de 700 mil o número de cabeças de gado, cujo alimento vegetal é escasso ou inexistente por conta da falta de água.
Os pecuaristas estão vendendo o gado rapidamente, antes que os animais morram. Isso implica não apenas na perda de fêmeas para reprodução, o que no futuro poderia ameaçar a produção de carne e leite, mas também diminui o preço do gado no mercado.
Os prejuízos se somam a outros de bilhões de dólares registrados na produção agropecuária durante o conflito entre o campo e o governo, entre março e junho.
Fonte: MAX SEITZda BBC, em Buenos Aires
terça-feira, 2 de setembro de 2008
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