segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Governança é a chave do sucesso para as cooperativas de crédito

Expor para o mercado financeiro todas as suas formas de gestão. É dessa forma que as cooperativas devem se comportar diante dos bancos e de seu público-alvo. Isso é o que indica o primeiro estudo do Banco Central voltado para as cooperativas de crédito divulgado na tarde desta segunda-feira (29) no VII Seminário Banco Central sobre Microfinanças, que acontece até o dia 1º de outubro em Belo Horizonte (MG).

O objetivo da pesquisa, segundo o chefe-adjunto do Departamento de Orgaização do Banco Central, Marden Marques, é "analisar a dinâmica de funcionamento do conselho de administração das cooperativas de crédito no Brasil e defender o agumento de que, para uma boa governança, as atividades de execução devem ser exercidas por diretoria estatutária e diretoria executiva".

O público-alvo do projeto são as cooperativas de crédito singulares, centrais de cooperativas de crédito, confederações de cooperativas de crédito, bancos cooperativos, outras organizações ligadas ao cooperativismo e o Banco Central do Brasil.

"A pesquisa propõe práticas de governança para as cooperativas de crédito, visando reduzir riscos de diversas naturezas e dar transparência para o mercado sobre o que são essas cooperativas", afirma o analista da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional Robson Vítor.

De acordo com o Banco Central, estudos recentes revelam que a principal causa de falência das cooperativas de crédito decorre de conflitos gerados na separação entre as funções de dirigentes e proprietários. Do ponto de vista dos associados entrevistados, as questões de governança visam promover condições que facilitem a tomada de decisão coletiva, reduzindo seus custos e potenciais de conflito.

Análise Como uma das etapas de formulação do estudo, foi aplicada uma pesquisa amostral junto a 14 associados aleatoriamente sorteados de cada uma das 30 cooperativas existentes no País, totalizando uma amostra de 420 associados. Um dos objetivos desse questionário foi identificar as perspectivas dos associados com a dos dirigentes quanto às questões de governança da cooperativa.

Sobre o atendimento aos interesses e necessidades de serviços financeiros, 76,8% dos associados consideram que a cooperativa sempre atende a esses quesitos. Para 36,4%, o principal motivo que os levou a se associar e a se manter associados são os benefícios econômicos e as vantagens que as cooperativas oferecem. Para 14,3%, o atendimento e as facilidades oferecidas para o usuário são os principais motivos para estar associado. Leia mais na ASN.

Publicada na Agencia Sebrae de Notícias (ASN) -www.agenciasebrae.com.br
Repórter, enviada especial Regina Xeyla
29/09/2008

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