quarta-feira, 16 de julho de 2008

Método confirma degradação de florestas


O governo anunciou nesta terça um acordo para facilitar o crédito a empresas que ajudarem a combater o desmatamento. Novos números divulgados nesta terça mostram uma ligeira queda na devastação da Amazônia. Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais detectaram 1.096 km² de floresta amazônica desmatada, que corresponde ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

A área é um pouco menor do que o levantamento feito em abril, quando a destruição atingiu 1.123 km². O estado de Mato Grosso ainda é o que mais destrói a floresta. Na medição, uma novidade: o Inpe conseguiu separar o nível de degradação de cada área e assim confirmou que em 59% da região monitorada não há uma árvore de pé. Em 28%, a devastação ocorre de forma variada: leve, moderada ou alta.

Para o ministro Carlos Minc, com o novo método, o Inpe pôs fim à polêmica com governadores que questionavam a precisão dos dados do instituto. “Acabou a guerra dos dados. Está aqui o que é corte raso e o que é degradação progressiva. Para nós também é muito bom, é um instrumento de ação muito mais preciso”.

O Ministério do Meio Ambiente diz que é cedo para comemorar os números e que os dados podem melhorar quando as medidas anti-desmatamento, como o corte do crédito para fazendeiros não-cadastrados, começarem a fazer efeito. E aproveitou para anunciar novas medidas. Um decreto que vai ser assinado pelo presidente Lula vai dar ao Ibama autonomia para apreender, leiloar ou doar bens provenientes de desmatamento.

Bancos públicos e privados vão fechar um acordo com o governo, facilitar o crédito para as empresas que desenvolverem projetos sustentáveis e parar de financiar aquelas que desrespeitam o meio ambiente.

Fonte: Jornal Nacional - veiculado no dia 15 de julho de 2008

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