quarta-feira, 30 de julho de 2008

Brasil será um dos poucos a fechar 2008 com inflação dentro da meta, prevê ministro

O bom desempenho da economia foi apontado na terça (29) pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, como o fator que fará do Brasil um dos únicos países a apresentar, neste ano, inflação dentro dos parâmetros previstos pelos seus governos.

Em palestra no Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), no Rio, o ministro disse que o país vem fazendo seu dever de casa. “O Banco Central aumentou os juros, o governo atingiu o volume do superávit primário, algumas outras medidas de restrição ao crédito foram adotadas. Ou seja, o governo adotou uma política contracionista de diminuir a oferta de dinheiro], que deve dar resultado também no combate à inflação”, observou.

Para Paulo Bernardo, a inflação deverá se manter em, no máximo, 6,5%, percentual dentro do limite de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de acordo com a meta fixada pelo Banco Central (que é de 4,5%).

“Se você olhar o quadro internacional hoje, o Brasil talvez seja um dos poucos países que terá uma inflação ainda dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Quase todos os países que têm meta de inflação estabelecida, vão estourá-la. Inclusive países com estabilidade monetária muito maior do que a do Brasil”, previu.

O ministro nominou exemplos. “Pode-se citar o Chile, na América latina. Nos Estados Unidos, a previsão é de inflação perto dos 5%. Na Grã Bretanha, a inflação está projetada na faixa de 4,5%. Além de vários outros países da Europa que terão inflação acima do que se colocou de meta e até da margem de erro.”

Segundo ele, vários indicadores de inflação, sejam os do governo ou de institutos independentes como a Fundação Getulio Vargas (FGV), já mostram arrefecimento. Ele defendeu que o Brasil aproveite o momento para transformá-lo em oportunidade.

“A nossa avaliação é que, além das medidas conjunturais, nós precisamos fazer um esforço muito grande para aumentar a produção, particularmente na questão de alimentos. Se há uma demanda maior do que a oferta, com crescimento nos próximos dez anos e preços em alta, nós temos que ver isto como uma grande chance do país se firmar como um fornecedor internacional. Há disponibilidade de terras, clima, tecnologia e espaço suficiente para aumentar a produção”, disse.

Fonte: Agencia Brasil

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